Obra: Manuel Bandeira – A Cinza das Horas.
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
– Eu faço versos como quem morre.
Teresópolis, 1912. Disponível em: https://tinyurl.com/yxq4h84l. Acesso em: 31 jul. 2020.
Em relação ao trecho acima, julgue os itens a seguir.
I- O pessimismo exacerbado é indicado pela imagem da queda.
II- O poema é escrito numa forma fixa.
III- Um dos traços autobiográficos de Manuel Bandeira que pode ser observado no poema é a melancolia.
A sequência de itens corretos é: