“PARECIA O FIM DO MUNDO”: AS VÍTIMAS ESQUECIDAS DA PRIMEIRA EXPLOSÃO DE TESTE DE BOMBA ATÔMICA NOS E.U.A.
No dia 16 de julho de 1945, às 05h30, o secreto Projeto Manhattan detonou, em Jornada del Muerto, no deserto do Novo México, o primeiro protótipo da bomba atômica, The Gadget —
evento agora revivido pelo elogiado filme Oppenheimer. À frente do Projeto Manhattan estava Robert Oppenheimer, batizado como o “pai” da bomba atômica. Os moradores da região nunca foram alertados sobre essa detonação. O protótipo da bomba causou uma das maiores explosões da história da humanidade. Dias depois, em agosto, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, encerrando a Segunda Guerra Mundial.
Após o teste, a Base da Força Aérea de Alamogordo comunicou à imprensa: “Um depósito de munição localizado remotamente, contendo uma quantidade significativa de explosivos, explodiu, mas não houve perda de vidas ou pessoal [da base]”. O breve comunicado antevia a possibilidade de uma evacuação — o que nunca foi feito — devido ao risco que seria mundialmente comprovado muito tempo depois: a nuvem de gases gerada pelos testes nucleares era altamente contaminadora, especialmente para os downwinders — pessoas que viviam em vários estados dos E.U.A. a favor do vento da área de testes nucleares no Novo México.
Os Estados Unidos realizaram quase 200 testes de armas nucleares de 1945 a 1962.
Adaptado de bbc.com, 26/07/2023.
A reportagem aborda um episódio associado aos usos militares da energia atômica, no contexto da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Apresente uma razão para o fato de os Estados Unidos terem realizado quase 200 testes de armas nucleares de 1945 a 1962. Cite, também, dois episódios, posteriores ao fim da Segunda Guerra Mundial, que tenham contribuído para maior condenação dos usos da energia nuclear.