(PROPOSTA DE REDAÇÃO)


Com base em um ou mais itens da coletânea e em seus conhecimentos, argumente sobre a questão abaixo:
BRASIL – POR QUE NÃO APROVEITAMOS TÃO BEM A NOSSA DIVERSIDADE DE MATRIZES ENERGÉTICAS?


Fonte: https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica Acessado em 19/04/2021.
Item II
Brasil, atualmente, tem 83% de sua matriz elétrica originada de fontes renováveis, de acordo com o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros. A participação é liderada pela hidrelétrica (63,8%), seguida de eólica (9,3%), biomassa e biogás (8,9%) e solar centralizada (1,4%).
Barros ressaltou que é fundamental utilizar todo o potencial de fontes renováveis disponíveis, não só pelo aspecto tecnológico e ambientalmente sustentável, mas principalmente pelas questões socioeconômicas, com a geração de emprego e renda para a nossa população.
“O Brasil se destaca no mundo pela utilização cada vez maior de fontes renováveis, contribuindo, dessa forma, para uma redução maior da emissão de gases de efeito estufa, com valores compatíveis com os compromissos assumidos no
Acordo de Paris”, afirmou.
Segurança energética
Em 2019, o Brasil ultrapassou a meta de capacidade instalada, com aumento de mais de 7 mil megawatts (MW).
Capacidade instalada é o total de energia que pode ser produzido, definido a partir da fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No total, o País conta com mais de 170 mil MW de potência fiscalizada.
A meta, que foi de 5,7 mil MW para o ano passado, é estipulada pela Aneel anualmente de acordo com a análise dos empreendimentos previstos para entrar em operação no ano. Ao final desse período, a fiscalização verifica se a meta estipulada foi ou não ultrapassada. Para 2020, o valor ainda não foi definido.
O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, destacou, em entrevista ao Planalto, que o resultado alcançado no ano passado garante a segurança de suprimento de energia no País e explicou a importância do crescimento da participação da energia renovável no Brasil. “Essa energia é limpa, quase sem emissão de carbono e alinhada aos compromissos que o Brasil firmou na COP 21, de Paris.”
Pepitone ressaltou a participação da energia solar, que está crescendo bastante e já aparece nos indicadores de geração do País, e da eólica. “O maior potencial de crescimento é eólico, sobretudo na região nordeste, e a solar, contribuindo com a geração de energia. Na energia térmica, um terço vem do bagaço da cana de açúcar”, explicou.
A ampliação da geração eólica se destacou, com incremento de 971 MW, superior aos 776 MW acrescidos em usinas termelétricas. As usinas solares fotovoltaicas de grande porte agregaram 551 MW à matriz brasileira no ano.
Considerando o avanço verificado no ano, os 3.870 empreendimentos de energia solar em operação já são responsáveis por 1,46% da potência fiscalizada no País.
Apesar de não ser considerada fonte renovável, mas de transição, o gás natural é outra fonte que terá destaque nos próximos anos. “Com o pré-sal, o gás natural vai crescer bastante. Vai chegar a um valor baixo, reduzir custo de geração no País”, destacou o diretor-geral.
Perspectivas
De acordo com Barros, o Governo, por meio do Ministério de Minas e Energia, tem estimulado a participação de todas as fontes de energia na Matriz Elétrica Brasileira. “Considerando os principais atributos de cada uma, principalmente as questões relativas ao desenvolvimento tecnológico, segurança energética e geração de emprego e renda”, destacou.
Exemplo no setor público
Pioneiro na Administração Pública Federal, o Ministério da Defesa desenvolveu, em 2019, um projeto-piloto para utilizar a energia solar em seu prédio principal. A iniciativa, idealizada como parte do programa de eficiência de gastos na pasta, previu a instalação de painéis solares e deve suprir 40% do consumo de energia elétrica do edifício.
A instalação dos primeiros painéis fotovoltaicos começou em dezembro do ano passado. Serão colocadas 1,6 mil placas que devem gerar, em média, 72.000 KWh/mês. A previsão é que o sistema gere uma economia de R$ 500 mil por ano com energia elétrica.
O diretor do Departamento de Engenharia e Serviços Gerais (Deseg) do Ministério da Defesa, José Rosalvo Leitão de Almeida, destacou que “o tempo de retorno/pagamento do investimento está estimado em quatro anos e 10 meses, e a vida útil dos painéis é de 25 anos”.
O término da operação está previsto para ocorrer em maio do ano de 2020.
Fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/energia-minerais-e-combustiveis/2020/01/fontes-de-energia-renovaveis-representam-83-da-matriz-eletrica-brasileira . Acessado em 19/04/2021
Item III
O Brasil é um país abençoado de fontes renováveis e, com forte tendência, de se tornar um dos maiores mercados de energia limpa do mundo. Para alcançar esse patamar basta aumentar a matriz energética, diminuir o custo da eletricidade e, consequentemente, ampliar a estabilidade dos consumidores. A energia renovável é absolutamente necessária para o desenvolvimento do país e vai ser o foco principal do 4º Congresso e Feira Brasileira de Geração Distribuída, que, pela primeira vez, acontece em Pernambuco, nos dias 13 e 14 de novembro, das 8h30 às 18h, no Centro de Convenções, em Olinda. Em paralelo, também haverá, o Fórum Energy Storage Brasil, uma feira de armazenamento de energia e a 4ª ExpoGD – Feira Brasileira de Geração Distribuída.
O evento, já consolidado como um dos mais importantes do setor na América Latina, é realizado pelo Grupo FRG e organizado em parceria com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). A iniciativa traz soluções, tecnologias
inovadoras, estudos técnicos/científicos e novidades industriais no campo das energias renováveis além de discursões sobre o atual cenário da geração distribuída, barreiras regulatórias, impedimentos jurídicos e as perspectivas de crescimento
para o setor em fontes alternativas de energias como a solar, eólica, biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
A 4ª Feira Brasileira de Geração Distribuída (4ª ExpoGD) é uma oportunidade ímpar de negócios e contará com a participação das principais empresas atuantes no setor, no Brasil e no exterior, para compartilhar e discutir soluções tecnológicas, procedimentos comerciais, estratégias de mercado e informações que impulsionem o crescimento Geração Distribuída na Matriz Energética Brasileira. Ao todo estão sendo esperadas cerca de 80 marcas, sendo 15 delas do exterior, tendo como destaques as empresas Fronius e Sonnenkraft, da Áustria; a americana Amphenol, a canadense Canadian e, em especial as chinesas Sungrow, BYD, Solis Inverters, Já Solar e Talesun, além de empresa da Suíça.
A expectativa do evento é receber um público de 5 mil visitantes nos dois dias da feira e movimentar cerca de R$ 200 milhões em negócios com a venda de produtos e serviços, novas máquinas e equipamentos e os últimos lançamentos em
soluções tecnológicas para o setor em nível global. A feira, aberta ao público, gratuitamente, é uma possibilidade de network completo e troca de experiências que irá movimentar a cadeia produtiva do setor de energias renováveis.
Estão confirmadas palestras, debates e mesas redondas com os principais especialistas e distribuidores/provedores de soluções do mercado de geração distribuída. Em pauta, temas de interesse da sociedade e do segmento, como as políticas
públicas para a Geração Distribuída (GD), análise do mercado, os novos modelos de negócios, além de considerações gerais sobre o mercado de geração distribuída em Pernambuco, no Brasil e no mundo, com palestrantes de renomes nacionais como os empreendedores Rodrigo Schreiner (Solaris Energia), Júnior Cosmos(Cosmos Energy), Raphael Vale(Coober) e Ananias Gomes, diretor-presidente da Insole (PE) e diretor regional da ABGD.
Outras fontes alternativas de energia, como a eólica, as PCHs e a biomassa, que faz uso de material orgânico de origem vegetal e mineral, também ganharão destaques no encontro. A biomassa, que possui hoje a maior representatividade na matriz energética nacional, no que se diz respeito a geração renovável, terá um painel de destaque no evento.
Os dados da Geração Distribuída no Brasil são bastante expressivos com mais de 130 mil conexões e unidades consumidoras. São aproximadamente 10 mil empresas na cadeia produtiva e milhares de empregos gerados de forma direta e indireta. Existem 126.416 usinas instaladas, com 169.787 unidades consumidoras que recebem créditos dessas usinas e uma potência total instalada de 1.601.098,65 kW. O Nordeste é destacado por vários estudos, inclusive da ANEEL, como a região de maior incidência solar no país, porém, seu potencial ainda não totalmente aproveitado. A região possui um total de 17.347 usinas geradoras (o que corresponde a 14% do total de usinas), sendo que 2.326 dessas usinas são de Pernambuco, o terceiro estado com mais usinas na região.
Fonte: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/opiniao/2019/11/matriz-energetica-do-brasil-em-discussao.html . Acessado em 19/04/2021.