Questão
Simulado ITA
2021
2ª Fase
PROPOSTA-REDACA-Com-ou580cc320f91
Discursiva
(PROPOSTA DE REDAÇÃO)

Com base em um ou mais itens da coletânea e em seus conhecimentos, argumente sobre a questão abaixo.

O homem está mais intolerante na atualidade?

Texto I

O PARADOXO DA TOLERÂNCIA

abr 12, 2018

Em 1945, o filósofo Karl Popper publicou “The Open Society and Its Enemies”, obra que defende os valores da democracia liberal e critica o conceito filosófico de historicismo teleológico. Nesse mesmo livro, Popper também discursa sobre o que ele define como O Paradoxo da Tolerância.

Popper abre sua teoria com as seguintes palavras:

“Tolerância ilimitada culminará no desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada até para aqueles que são intolerantes [...], então os tolerantes serão destruídos, e junto com eles a tolerância.”

“Nessa formulação eu não sugiro que devemos sempre suprimir os discursos de filosofias intolerantes; desde que seja possível contrariá-los através da argumentação lógica e desde que a opinião pública os mantenha quietos, suprimi-los seria imprudente.”

“Porém, devemos reivindicar o direito de suprimi-los até pela força, se necessário; pois é provável que eles não estejam preparados para encontrar nosso nível de argumento racional, e podem começar a rejeitar qualquer tipo de argumento.”

“Ele podem proibir seus seguidores de ouvirem argumentos racionais, e ensiná-los a responderem argumentos com seus punhos ou pistolas. Nós devemos portanto reivindicar, em nome da tolerância, o direito de não tolerar os intolerantes.”

(Disponível em <https://naomekahlo.com/o-paradoxo-da-tolerancia/> Acesso em 23 nov. 2020)

Texto II

O que é a 'cultura de cancelamento'

Mariana Sanches

Da BBC News Brasil em Washington

25 julho 2020

O movimento hoje conhecido como "cultura do cancelamento" começou, há alguns anos, como uma forma de chamar a atenção para causas como justiça social e preservação ambiental. Seria uma maneira de amplificar a voz de grupos oprimidos e forçar ações políticas de marcas ou figuras públicas.

Funciona assim: um usuário de mídias sociais, como Twitter e Facebook, presencia um ato que considera errado, registra em vídeo ou foto e posta em sua conta, com o cuidado de marcar a empresa empregadora do denunciado e autoridades públicas ou outros influenciadores digitais que possam amplificar o alcance da mensagem. É comum que, em questão de horas, o post tenha sido replicado milhares de vezes.

A cascata de menções a uma empresa costuma precipitar atitudes sumárias para estancar o desgaste de imagem, sem que a pessoa sob ataque possa necessariamente se defender amplamente.

O cancelamento é diferente da trollagem típica de internet, eventualmente com insultos coordenados, frequente em disputas de opinião entre usuários das redes. O "cancelamento" é um ataque à reputação que ameaça o emprego e os meios de subsistência atuais e futuros do cancelado. Extremamente frequente nos Estados Unidos, ela hoje abate personalidade, mas também anônimos.

(Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-53537542> Acesso em 23 nov. 2020)

Texto III

A intolerância sempre existiu ou é um fenômeno recente?

A dificuldade em aceitar o diferente não é um fenômeno apenas da nossa época. Não precisamos ir muito longe, basta lembrar que em nosso processo de “colonização” as diferenças entre as populações que aqui viviam e os europeus foram motivos de violência e perseguições. Em seguida, a crença da superioridade racial dos colonizadores foi o que motivou a escravidão dos negros, que durou quase 4 séculos.

Mas se formos ainda mais longe na história, encontraremos exemplos de impérios que se construíram à base de muita violência e de extermínio de populações. Os romanos, por exemplo, impunham a sua cultura sobre outros povos por se considerarem superiores. Na Idade Média, a Igreja Católica perseguiu e puniu aqueles que possuíam uma crença diferente da que pregava.

(Disponível em <https://www.politize.com.br/o-que-e-intolerancia/> Acesso em 23 nov. 2020)

Texto IV





(Disponível em <https://www.geledes.org.br/racismo-sem-querer/> Acesso em 23 nov. 2020)