(PROPOSTA DE REDAÇÃO)

Como o investimento do MEC em literacia familiar pode mudar o futuro de famílias pobres
Gazeta do povo, 31.08.2020
"As crianças não alfabetizadas, ou alfabetizadas precariamente, apresentam dificuldades de compreensão, o que as afasta dos livros. Consequentemente, aprendem menos, não exercitam as habilidades de leitura e perdem o interesse pela escola, comprometendo o sucesso delas na vida adulta", explica às famílias o Guia de Literacia Familiar.
Especialistas do campo da ciência cognitiva apontam que a primeira infância representa uma janela única de oportunidades para o desenvolvimento das crianças. Se não aproveitada, a fase dificilmente será recuperável, dada a chamada plasticidade do cérebro no período.
"A sensibilidade de aprendizagem nesses anos é muito maior do que em qualquer outra fase da vida, principalmente para linguagem, números, habilidades sociais. É ali que temos que intervir. Se deixarmos para os 16 anos, conseguimos, claro, algum retorno, mas com muito mais esforço, o que também implica em recurso. No Brasil, temos que saber utilizar nossos recursos", afirma da Cunha.
Os dados também revelam que países que figuram nas melhores posições em rankings que medem não apenas a alfabetização, mas a qualidade da educação como um todo, investem em iniciativas dessa natureza. É o que revela um estudo de Joseph Price, do Departamento de Economia da Brigham Young University.
"Os resultados indicam que crianças de 3 a 6 anos de idade, cujas mães leem para elas, pontuam cerca de 33% a mais no teste PPVT [um dos testes utilizados nos Estados Unidos]", afirma o autor. O investimento em práticas de literacia familiar, além disso, impacta significativamente o desempenho de crianças em testes como Pisa e PIRLS - ao qual o Brasil aderiu em 2019.
(Disponível em https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/como-o-investimento-do-mec-em-literacia-familiar-pode-mudar-o-futuro-de-familias-pobres/ , acessado em 04.04.2021)

(Disponível em https://geracaoamanha.org.br/voce-sabe-o-que-e-literacia-familiar/#:~:text=Seguindo%20os%20rumos%20definidos%20pela,o%20aprendizado%2C%20sobretudo%20na%20Primeira, acessado em
04.12.2019)
“Literacia familiar não significa ensinar crianças a ler em casa”
A professora de Havard Catherine Snow, referência para as políticas de alfabetização do MEC, revela como práticas simples, de conversas a brincadeiras, podem ser poderosas para ajudar a construir conhecimentos na creche e pré-escola
Nova Escola, 02/03/2020
O que uma política pública educacional voltada ao incentivo à leitura nos lares deve considerar para ter sucesso?
Acho que escolas podem fazer um ótimo trabalho de ensinar crianças a lerem, se elas usarem o currículo e as abordagens pedagógicas corretas. Pais não precisam virar professores de leitura. Mas “literacia” é um termo amplo. Envolve todas as práticas para as quais usamos a leitura e a escrita – fazer listas, manter um calendário, mandar mensagens, assim como ler jornais e livros. Literacia familiar pode significar modelar essas práticas e engajar crianças nelas, como, por exemplo, fazer uma lista de compras ou planejar uma rota de ônibus para a cidade.
Mas outra indicação chave do sucesso para a literacia são as habilidades linguísticas. Pais que conversam muito com suas crianças, sobre uma série de assuntos diferentes, constroem o vocabulário e o conhecimento que crianças usarão quando eles começarem a ler livros na escola. Ou seja, literacia familiar não significa ensinar crianças a ler em casa, mas ajudá-las a construir conhecimentos que possam ser usados quando começarem a ler. Não é obrigatório que os pais sentem com suas crianças para exercitar o conhecimento das letras do alfabeto. A mais poderosa prática de literacia familiar é estimular conversas com as crianças, da infância em diante.
Elas precisam de seus próprios livros ou ter acesso a bibliotecas para isso? Não necessariamente, mas ajuda muito. Livros infantis atraentes e que engajam proporcionam temas para pais e crianças conversarem. Muitas vezes, trazem ideias de conversa e domínios do conhecimento que dificilmente viriam à tona no dia a dia.
(Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/18903/literacia-familiar-nao-significa-ensinar-criancas-a-ler-em-casa , acessado em 04.04.2021).
“Literacia Familiar é o conjunto de práticas e experiências relacionadas com a linguagem, a leitura e a escrita, que a criança vivencia com seus pais ou cuidadores!.
(...)
Segundo o MEC, as práticas da Literacia Familiar consistem em:
Interação verbal: é um conjunto de estratégias e de atitudes que visam aumentar a quantidade e a qualidade do diálogo entre adultos e crianças. As práticas de interação verbal orientam os pais a como identificar, criar e aproveitar oportunidades no dia a dia para iniciar conversas que estimulem o desenvolvimento linguístico de seus filhos. Está provado através de pesquisas, que o feto reconhece a voz
da mãe e que conversar com a criança, especialmente na Primeira Infância, impacta positivamente para o desenvolvimento cognitivo e neurológico.
Leitura dialogada: adultos e crianças, quando praticam a leitura em voz alta, devem interagir por meio de perguntas e respostas, fazendo com que a criança não seja apenas uma ouvinte e transformando o momento em um bom bate-papo.
Narração de histórias: aqui sim estamos falando sobre contar histórias em voz alta, criando um momento lúdico e especial para os pequenos e favorecendo o desenvolvimento de habilidades relacionadas à compreensão oral e à imaginação.
Contatos com a escrita: consiste em familiarizar as crianças com os mais diversos materiais escritos, como rótulos de alimentos, por exemplo, e incentivar desde cedo a escrita, começando com desenhos, passando pelas grafias inventadas, pelas letras, pelas palavras e frases, até chegar a textos mais complexos. Uma brincadeira divertida e simples é levar as crianças ao supermercado e brincar de achar
nomes nas embalagens dos produtos.
Atividade diversas: jogos, brincadeiras, cantar, tocar instrumentos, praticar esportes, tudo isso favorece o desenvolvimento da linguagem, a coordenação motora, a imaginação e a criatividade.
Motivação: os pais são as figuras mais importantes na vida dos filhos, por isso tudo o que eles falam e fazem tem um peso enorme sobre as crianças, tanto para o bem quanto para o mal. Para que a criança desenvolva e aprimore as habilidades de ouvir, falar, ler e escrever, é importante que ela seja uma criança motivada e confiante! Mais do que repreender os erros, é fundamental de acordo com a psicologia positiva, parabenizar pelos acertos.
(Disponível em https://geracaoamanha.org.br/voce-sabe-o-que-e-literacia-familiar/#:~:text=Seguindo%20os%20rumos%20definidos%20pela,o%20aprendizado%2C%20sobretudo%20na%20Primeira, acessado em 21.04.2021).
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema:
“O desafio de promover a literacia como forma de estimular a formação de bons leitores”
Escreva um texto apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.