(PROPOSTA DE REDAÇÃO)
A Chega de Fiu Fiu é uma campanha lançada pelo projeto feminista Think Olga, que, para tentar entender melhor o assédio sexual sofrido por mulheres em locais públicos, colocou no ar, em agosto de 2013, uma pesquisa elaborada pela jornalista Karin Hueck. De 7762 participantes, 99,6% delas afirmaram que já receberam cantadas. Veja abaixo parte do resultado:


(“Chega de Fiu Fiu: resultado da pesquisa”. www.thinkolga.com, 09.12.2013. Adaptado.)
Texto 2
O famoso “fiu fiu” em locais públicos e outras cantadas não são elogios a quem são dirigidos. Trata-se de uma forma de assédio sexual que passa despercebida, uma vez que está travestida de “flerte”. Como esse tipo de assédio em locais públicos não é criminalizado na maioria dos países, grande parte das vítimas não denuncia os ataques que sofre. Contra essa forma de assédio sexual, alguns países pelo mundo estão mudando a legislação nacional e adotando medidas que criminalizam as “cantadas” em locais públicos e punem os agressores. O objetivo é minimizar e acabar com a intimidação nas ruas - seja ela verbal ou por meio de contato físico com conotação pejorativa.
(“Países multam cantadas de rua em até R$ 160 mil; veja leis”. www.noticias.terra.com.br, 16.06.2015. Adaptado.)
Texto 3
A boa cantada é a cantada permanente. Porque cantar, de fato, é espalhar pacientemente a devoção a todas as mulheres como quem espalha sementes nos campos de lírios. Mesmo que elas digam, com aquela covinha no sorriso, que você diz isso para todas. E claro que para cada uma fazemos um elogio, uma graça, não repetimos o texto, o lirismo, o floreado. Porque amamos mesmo as mulheres. Basta ter o cuidado para não ser simplesmente um chato que baba diante do melhor dos espetáculos: a existência delas.
(Xico Sá. “A arte da cantada permanente”. www.folha.uol.com.br, 02.10.2014. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma redação de gênero dissertativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Cantada em locais públicos: assédio ou elogio à mulher?