(PROPOSTA DE REDAÇÃO)
Em todo o mundo, a igualdade de gênero no ambiente profissional levará séculos para ser alcançada, segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial (FEM). O relatório estima que a lacuna global entre os gêneros em várias áreas não se fechará por mais 108 anos e que serão necessários mais de 200 anos para eliminar as diferenças.
“O quadro geral é que a igualdade de gênero estagnou”, diz Saadia Zahidi, chefe de agendas sociais e econômicas do Fórum Econômico Mundial. “O futuro do nosso mercado de trabalho pode não ser tão igualitário quanto à trajetória em que pensávamos estar”, acrescenta.
Segundo o relatório, o Brasil notou em 2018 uma reversão significativa no progresso em direção à igualdade de gênero — com a maior
lacuna registrada desde 2011.
(“Igualdade de gênero no trabalho levará mais de 200 anos, diz estudo”. www.cartacapital.com.br, 18.12.2018. Adaptado.)
Texto 2
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que as mulheres brasileiras estudam mais que os homens, mas ainda recebem salários menores e têm menos cargos de poder.

(Luiza Calegari. “A desigualdade de gênero no Brasil em um gráfico”. https://exame.abril.com.br, 07.03.2018. Adaptado.)
Texto 3
“Discutir a igualdade de gênero no mercado de trabalho não significa tratar apenas de salário”. A frase é da procuradora Valdirene de Assis, coordenadora nacional de Promoção da Igualdade do Ministério Público do Trabalho (MPT).
De acordo com os dados mais recentes do IBGE, em 2017, o salário médio pago às mulheres foi equivalente a 77,5% do rendimento pago aos homens no Brasil. Enquanto eles receberam R$ 2.410, elas ganharam R$ 1.868. A porcentagem ficou levemente acima da registrada em 2016 (77,2%).
A procuradora ainda afirma: “Há mulheres que têm uma qualificação profissional extraordinária, uma história dentro da empresa de profundo respeito e vão passar 10, 15, 20 anos naquela estrutura organizacional sem alcançar os cargos de chefia ou de direção da empresa, ao passo que colegas homens têm carreiras muito menos consistentes, currículos muito menos recomendados e chegam a esses cargos.”
(Marcella Fernandes. “Igualdade de gênero no mercado de trabalho não pode ser reduzida ao salário, afirma procuradora”. www.huffpostbrasil.com, 13.09.2018. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A desigualdade de gênero no ambiente profissional: retrocessos numa sociedade de mulheres cada vez mais qualificadas