(PROPOSTA DE REDAÇÂO)
Texto I
Sedentarismo e má alimentação são os fatores que mais contribuem para a Obesidade
A obesidade é um dos grandes problemas de Saúde Pública no Brasil e no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, 43% da população adulta está acima do peso e 11% apresenta obesidade crônica, o que desencadeia complicações metabólicas, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer, além de dores na coluna, joelhos ou tornozelos.
Combater e prevenir são ações urgentes diante de um problema que vem adquirindo proporções epidêmicas. Por isso, uma lei instituiu o dia 11 de outubro como o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data havia sido criada, há dez anos, pela Federação Latino-Americana de Obesidade, porém reconhecida, em 1999, pelo Governo Federal. A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada.
Para a nutricionista Regina Corrêa, membro do Conselho Regional de Nutrição do Rio de Janeiro, a principal causa do problema não é a "tendência para engordar", mas a adoção de hábitos alimentares inadequados. Com uma alimentação balanceada é possível garantir a ingestão de proteínas, carboidratos e gorduras conforme a necessidade, favorecendo uma perda mais saudável e definitiva do sobrepeso. É importante também diminuir a quantidade de sal e beber de seis a oito copos de água por dia, preferencialmente durante os intervalos das refeições.
(https://www.unimed.coop.br/web/costadosol/noticias/sedentarismo-e-ma-alimentacao-sao-os-fatores-que-mais-contribuem-para-a-obesidade)
Texto II
Fome e obesidade: dois fatores sociais decorrentes da insegurança alimentar
Normalmente, quando a imagem de deficiência alimentar vem à mente, pensamos em um indivíduo com fome e excessivamente magro, parecido com o primeiro homem da charge acima. Contudo, mesmo que graus agudos de deficiência alimentar sejam sinônimos de fome, nem sempre a carência alimentar expressa automaticamente tal fenômeno.
A troca da qualidade dos alimentos com o objetivo de otimizar os recursos financeiros é muito comum nas famílias de baixa renda, e a consequência é a obesidade. (...)
A questão da alimentação não se resume apenas a ter comida na mesa ou não, ela também envolve a qualidade, procedência e elaboração dessa comida. Não se trata apenas de comer, mas de comer bem. A privação de comida, fome severa e a obesidade são a ponta de um iceberg muito maior do que temos noção. As deficiências de micronutrientes como ferro, vitamina A e iodo são crescentes. Bilhões de pessoas sofrem hoje as consequências do modelo de alimentação fast food, que mina a saúde e aumenta os casos de diabetes, alergias, colesterol alto, hiperatividade infantil etc.
Cada vez mais pessoas são empurradas a comprar produtos baratos e menos nutritivos. Embora a situação de insegurança alimentar no Brasil tenha diminuído com o auxílio de programas federais, a falta de qualidade do alimento é um problema exponencial, que gera muita preocupação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso, e mais de 700 milhões, obesos. No Brasil, números da pesquisa Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indicam que mais da metade de população está acima do peso (52,5%) e, destes, 17,9% são obesos.
A fome e a obesidade são dois lados da mesma moeda: um sistema alimentar que não funciona e condena milhões de pessoas à má nutrição. De acordo com o relatório O Estado Mundial da Agricultura e da Alimentação 2013, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 870 milhões de pessoas no mundo passam fome, enquanto 500 milhões têm problemas de obesidade. Como afirma Raj Patel em seu livro Obesos e famélicos (Los Libros de Lince, 2008): “A fome e o sobrepeso globais são sintomas de um mesmo problema. (…) Os obesos e os famélicos estão vinculados entre si pelas cadeias de produção que levam os alimentos do campo à nossa mesa”.
A cadeia agroalimentar foi afastando progressivamente a produção do consumo. Cada vez mais empresas agroindustriais apropriam as diferentes etapas da cadeia, o que gera uma perda de autonomia tanto dos camponeses quanto dos consumidores. O modelo agrobusiness busca o lucro econômico em detrimento das necessidades alimentares das pessoas e do respeito ao meio ambiente.
(https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-alimentos/4084-fome-e-obesidade-dois-fatores-sociais-decorrentes-da-inseguranca-alimentar.html)
Texto III


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "A alimentação e o aumento da obesidade no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.