(PROPOSTA DE REDAÇÃO)

Vacina: palavra de origem latina derivada de vacca.
Segundo relatos históricos, a primeira vacina foi descoberta pelo médico inglês Edward Jenner, em 1796. Era uma vacina contra a varíola, uma doença que provoca erupções na pele e deixa cicatrizes. Naquele período, os surtos de varíola eram comuns em várias partes do mundo, inclusive na Inglaterra, e matavam quase 30% das pessoas infectadas.
Estudando o caso por vários anos, Edward Jenner constatou que as pessoas infectadas pela varíola bovina (cowpox) não contraíam a varíola comum (smallpox). Em sua observação, notou que pessoas que ordenhavam vacas não contraíam a varíola, desde que tivessem adquirido a forma animal da doença; Jenner, então, extraiu o pus da mão de uma ordenhadora que havia contraído a varíola bovina e o inoculou em um menino saudável, James Phipps, de oito anos de idade, em 4/5/1796. O menino contraiu a doença de forma branda e logo ficou curado.
Em 1.º de julho daquele ano, Jenner inoculou, no mesmo menino, líquido extraído de uma pústula de varíola humana. James não contraiu a doença, o que significava que estava imune à varíola. Estava, assim, descoberta a primeira vacina. A comunidade médica ficou indiferente; dois anos depois, porém, Jenner divulgou os resultados de sua pesquisa em um livro e finalmente conseguiu reconhecimento no meio científico. Posteriormente, a vacina difundiu-se pela Europa e, depois, pelo mundo.
Disponível em: http://vacinareprevenir.blogspot.com. Acesso em: out. 2019 (adaptado).
Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e de outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. Tomar vacinas é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte.
A maioria das doenças que podem ser prevenidas por vacina é transmitida pelo contato com objetos contaminados ou com secreções do doente expelidas quando ele espirra, tosse ou fala, pois suas pequenas gotículas contêm os agentes infecciosos. Assim, se um indivíduo é infectado, ele pode transmitir a doença para outros que também não foram imunizados.
Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos os anos até a metade do século passado — como coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola. Mas, mesmo estando sob controle hoje em dia, elas podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar.
Disponível em: www.pfizer.com.br. Acesso em: out. 2019 (adaptado).
Doenças infecciosas que poderiam ter sido eliminadas do planeta, como o sarampo e a própria poliomielite, ainda são males da saúde pública de alguns países que atualmente enfrentam o surgimento de um novo grupo que pode dificultar a batalha: os antivacinas.
O movimento ganhou força principalmente após a publicação de um artigo científico na revista The Lancet (um dos mais importantes periódicos sobre saúde do mundo) no ano de 1998, no qual o médico inglês Andrew Wakefield associou o aumento do número de crianças autistas com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Isso foi o suficiente para que pais assustados deixassem de vacinar os filhos.
Entretanto, alguns anos depois, descobriu-se que o médico, na verdade, recebia pagamentos de advogados em processos por compensação de danos vacinais. A própria revista The Lancet foi obrigada a se retratar, mas o estrago já estava feito. “Esse trabalho foi investigado, até porque passou a ser um problema de saúde pública, e foi constatado que os dados eram falsos. Mas, mesmo depois de isso ter ficado claro, consertar é muito complicado. O estudo gerou uma sequela terrível, pois muita gente, inclusive profissionais da saúde, ainda o citam”, conta Isabella Ballalai, presidente da Comissão de Revisão de Calendários e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br. Acesso em: out. 2019 (adaptado).

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A vacinação como principal elemento para a erradicação de doenças”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.