Questão
Universidade de Rio Verde - UniRV
2022
Fase Única
PROPOSTA-REDACA116871226f54
Discursiva
(PROPOSTA DE REDAÇÃO)

ORIENTAÇÃO GERAL

Seguem-se duas propostas/temas para, dentre elas, escolher uma para a sua redação. Preste atenção ao assunto que é solicitado. A valorização do seu texto dependerá de sua relação direta com o tema, com a montagem do texto, com a coerência, com a coesão e, principalmente, com os argumentos que você utilizar para convencer o seu leitor de que o seu ponto de vista é o melhor. Observe atentamente as orientações que acompanham cada alternativa.

Leia atentamente os tópicos abaixo a fim de verificar qual deles se enquadra melhor aos seus conhecimentos, pois sua redação não deverá fugir e nem transgredir o tema proposto. Feito isso, escolha o tópico que deverá ser desenvolvido de forma clara e objetiva.


ALTERNATIVA A

Texto 1

“Uma consequência da revolução sexual dos anos 1960 foi a ideia de que as preferências sexuais, por mais excêntricas que sejam, são inatas, não podem ser modificadas e devem ser abraçadas. Era apenas uma questão de tempo até que os pedófilos passassem a reivindicar o status de orientação sexual. Hoje, a tese encontra eco na academia. Em 2010, por exemplo, um estudo da Universidade de Harvard concluiu que “a pedofilia é uma orientação sexual e é improvável que ela seja modificada”. O raciocínio se baseia em uma espécie de determinismo, segundo o qual os pedófilos não têm responsabilidade por serem pedófilos. Essa posição tem consequências graves. Um exemplo: em muitos países, a “orientação sexual” é protegida por leis “antidiscriminação”. Se a pedofilia for considerada uma orientação sexual, portanto, terá a mesma proteção legal de lésbicas e gays. “Dada a compreensão questionável de que [a pedofilia] é uma orientação [sexual], especialmente em homens, passa a ser entendida como imutável e, portanto, como não merecedora de tratamento. E, para isso, são utilizados os mesmos argumentos aplicados aos homossexuais”, escreveu J. Paul Fedoroff, professor da Universidade de Ottawa, em um artigo publicado em junho deste ano pelo Journal of the American Academy of Psychiatry and the Law (https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/como-a-agenda-progressista-permissiva-nos-costumes-leva-a-aceitacao-da-pedofilia/).

Texto 2

Lolita narra um caso de sequestro e pedofilia. Publicado em 1955, o livro foi assimilado pela cultura pop como um romance. Narrado pelo predador sexual, a realidade e fantasia doentia do professor de literatura se confundem e o tornam indigno de confiança. Desde a primeira página, o leitor é colocado na condição de cúmplice de um relato que tenta, a todo momento, justificar o comportamento do abusador e colocar Lolita na posição de uma pequena sedutora, algo reproduzido em ambos os filmes baseados na obra. As mais de 300 páginas mostram o comportamento abusivo do narrador, mas a absorção da história como de amor por parte considerável do público prova que não foi o suficiente.[...] A naturalização de Lolita como uma história de amor contribui para a cultura do estupro e torna imagens erotizadas de crianças e jovens garotas mais aceitáveis no coletivo social, relativizando as violências sofridas por esse grupo. Passou da hora de combater essa romantização danosa com informação sobre abuso sexual infantil, apoio à educação sexual nas escolas e a desmitificação da imagem das “novinhas” vitimadas pelo machismo. Lolita narra um caso de pedofilia e não existe nenhum traço de romantismo ou amor, apenas um crime hediondo (https://rollingstone.uol.com.br/noticia/por-que-ja-passou-da-hora-de-parar-de-romantizarmos-lolita-analise/).

Texto 3



Texto 4

Preguiça é a palavra que eu mais ouvi sobre a polêmica estilo Rubinho Barrichello em torno do filme do Danilo Gentili de cinco anos atrás. [...]Não vou negar que é controvertida e pesada. Só que não é apologia à pedofilia. Mostra, com ficção, no que pode dar a aventura de moleques metidos a espertos demais. Eles colam no pior tipo de gente que tem para limpar a barra do que fizeram. Acham que vão colocar o vilão, os pais e a escola no bolso. [...]Muita gente ficou escandalizada ao ver que o filme é liberado para maiores de 14 anos. E eu fiquei escandalizada ao ver que tem gente que confia em Classificação Indicativa no Brasil. Se a regra do próprio Ministério da Justiça tivesse sido seguida pelo Ministério da Justiça, a Classificação Indicativa seria 16 anos, por cenas de masturbação e insinuação de pedofilia. Você confia no Estado até para isso? Eu não. (https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/madeleine-lacsko/senhores-pais-ate-18-anos-a-responsabilidade-e-de-voces-nao-do-estado-nem-da-netflix/?#success=true ).


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A naturalização da pedofilia pela mídia.


ALTERNATIVA B

Texto 1

O ser humano precisa encontrar coerência no mundo em que vive para se situar existencialmente. Vive em um mundo ordenado física e biologicamente; e sua mente, além de ordenada, é ordenadora. A confusão e a ambiguidade são vivenciadas como fontes de tensão e desprazer. Quando enfrenta estas angústias existenciais, pode fazer a grande descoberta: a de que este sentido só pode ser descoberto por ele mesmo e por mais ninguém. Cada um é responsável por descobrir o sentido de sua vida. E, na busca deste sentido, a angústia, o vazio e o tédio se dissipam. Viktor Frankl, em sua obra, descreve as condições (pistas vivenciais) em que isto é possível. O conceito de resiliência mostra as consequências de se ter atingido tal objetivo. Compreender este conceito é compreender as condições pelas quais a pessoa pode vir a se tornar capaz de resistir às vicissitudes da vida, uma vez que esta, para a pessoa, é algo que faz sentido. Em todo ser humano - uns mais, outros menos - o sofrimento atravessa o caminho da vida. Então, é preciso resistir ou, mais que isto, ser flexível como a árvore que se dobra pela pressão do vento e depois volta à posição original. Dobrar-se sem romper, aprender com a adversidade, dar a volta por cima, superar os traumas e dificuldades, encontrar alternativas. Crescer, renovar-se, reconstruir-se diante da dor. Encontrar recursos. Para tudo isso, surge a necessidade da resiliência. Todos precisam construir resiliência em certo grau. A resiliência torna-se a operacionalização de algumas das consequências de se encontrar o sentido da vida. Para ser resiliente é muito importante o suporte de pessoas (cuidadores) que transmitam apoio e confiança. Mas, mesmo na falta deste suporte, a forte crença em um sentido para a vida e o esforço para realizá-lo podem ser suficientes para superar a adversidade, com muito esforço. Com certeza, serão suficientes para que se assuma uma atitude corajosa diante do desafio que se apresenta - o obstáculo, a adversidade. Tudo isso foi comprovado por Frankl na experiência em que ele se viu prisioneiro de campos de concentração, mas manteve sua firmeza e seus valores, testemunhando com sua vida a possibilidade de transcender o sofrimento, o que se configura como uma conquista interior. (https://www.scielo.br/j/estpsi/a/D9RkbqqjmZy3d7ZJKDsGx7J/?format=pdf&lang=pt).

Texto 2



Texto 3

Uma vez, um sujeito estava andando e se deparou com trabalhadores trabalhando com pedras. Parou para conversar com o primeiro e lhe perguntou: “Amigo, o que você está fazendo?”. Aquele trabalhador lhe respondeu: “Estou ganhando o meu pão de cada dia”. Continuou andando e encontrou outro trabalhador trabalhando com pedras e também lhe perguntou: “Amigo, o que está fazendo?”. Aquele homem então lhe respondeu: “Estou lascando essa pedra aqui para ela encaixar no alto da construção que estamos fazendo”. O homem ficou impressionado com a resposta e com a diferença entre este e o primeiro. Mas prosseguiu e encontrou um terceiro trabalhador. Então, ele também perguntou a esse terceiro trabalhador: “Amigo, o que você está fazendo?”. Aquele terceiro trabalhador lhe respondeu: “Pois não vê? Estou construindo uma enorme catedral”. (https://codejourney.com.br/o-sentido-da-vida-e-o-sentido-do-trabalho/).


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: Como encontrar um sentido para a vida?