As empresas não têm interesse em reciclar, pois vivem de vendas da produção de novos aparelhos. A área de Marketing dessas empresas nos fazem acreditar que precisamos de tal objeto, incitam facilmente a necessidade do novo, criam em nossas cabeças uma necessidade de consumismo absurda e cada vez mais caímos na armadilha de desejar algo novo.

Algumas versões novas de produtos, principalmente telefones celulares, mudam apenas algo no design ou na cor. Mas mesmo assim desejamos obter o produto como se fosse uma necessidade. Produtos de grandes marcas conhecidas no mundo, apesar de possuírem uma assistência técnica, muitas vezes não têm conserto e nem troca de peças, apenas devem ser descartados, simples assim.

E esse lixo eletrônico todo, vai para onde? Precisamos realmente desse consumo?

Agbogbloshie é um ex-pantanal e subúrbio de Accra, em Gana, conhecido como um destino para os equipamentos eletrônicos usados.

Todo mundo sabe que o lixo eletrônico é diferente do lixo comum e, por isso, precisa de um tratamento diferente. Ou ao menos assim deveria ser.

Apenas no ano de 2014, cerca de 41 milhões de toneladas métricas de lixo eletrônico foram produzidos no mundo todo. Todo esse lixo equivale a €47 mil milhões.

A maior parte dele é exportado ilegalmente para países asiáticos ou africanos, como por exemplo Gana, e acabam em lixeiras intermináveis, quase sempre oferecendo risco à população local. Isso acontece porque esses locais estão altamente contaminados com materiais tóxicos, como mercúrio e chumbo, que são prejudiciais ao ambiente e também à saúde dos cidadãos.