(PROPOSTA DE REDAÇÃO)
No dicionário
1. aglomeração humana localizada numa área geográfica circunscrita e que tem numerosas casas, destinadas à moradia e/ou a atividades culturais, mercantis, industriais, financeiras.
Fonte: HOUAISS, A. Dicionário Houaiss de língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. (Adaptado)
Na revista
A população brasileira, no seu modo de ver o mundo, não está preparada para viver em cidades menores. Não há verbas. Não há leis. Não há técnicos. Pensar nas cidades do mundo desenvolvido é elitismo. Na verdade, o ato de pensar, simplesmente, é algo privativo de países acima de determinado nível de renda. Vem, então, alguém [...], ex prefeito de uma cidade de 8 milhões de habitantes, e prova, ao falar sobre o seu trabalho, que administradores de cidade com realidades parecidas com as nossas têm, sim, a capacidade de raciocinar. Ao contrário de muitos, ele sabe lidar com uma palavra curta, de apenas cinco letras, e indispensável para melhorar qualquer coisa nesta vida: "ideia".
Fonte: VEJA. São Paulo: Abril, set. 2012. (Adaptado)
No site
É fundamental que a sociedade, o poder público, empresários e todo o cidadão tenham consciência de que é preciso avançar e aproveitar este momento de alto astral em época de grandes eventos, como a Copa do Mundo, Olimpíadas para motivar uma integração. Mudanças políticas em todos os setores abrem as portas para essa integração entre as favelas e os bairros nos arredores [...] É preciso muito neste caminho para se chegar a uma cidade totalmente integrada. As causas são variadas para o desenvolvimento de uma 'cidade partida', no dizer do escritor Zuenir Ventura. Ela precisa ainda da dimensão social para recuperar a sua fragmentação. Precisa de uma visão de cidadania para essa integração se realizar.
Fonte: RIO DE JANEIRO. Prefeitura Municipal. Cidade Olímpica Rio. Invasão de cidadania para integrar a cidade partida. Disponível em: <http://www.cidadeolimpc.com./>. Acesso em: 7 nov. 2012. (Adaptado)
Na poesia
[...]
Irmãos, cantai esse mundo
que não verei, mas virá
um dia, dentro de mil anos,
talvez mais... não tenho pressa. Um mundo enfim ordenado,
uma pátria sem fronteiras,
sem leis e regulamentos,
uma terra sem bandeiras
sem igreja nem quartéis,
sem dor, sem febre, sem ouro, um jeito só de viver,
mas nesse jeito a variedade, a multiplicidade toda
que há dentro de cada um.
Uma cidade sem portas,
de casas sem armadilha,
um país de riso e glória
como nunca houve nenhum. Este país não é meu
nem vosso ainda, poetas.
Mas ele será um dia
o país de todo homem.
Fonte: DRUMMOND, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1995. (Fragmento)
Nos textos acima, a cidade, definida pelo dicionário, é vista por sujeitos que atuam como intérpretes do mundo num progressivo entendimento de um tempo histórico das cidades. Talento, cultura, bons serviços e integração compõem uma sintonia indispensável para despertar o sentimento de coletividade e desenvolver a 'multiplicidade toda que há dentro de cada um'. No cotidiano de uma cidade, a cada dia, o indivíduo tende a sentir-se mais só, isolado, compelido a governar seu próprio pedaço de chão, ou de mundo. A crença de que 'a união faz a força' deu lugar ao 'cada um por si'.
Considerando a leitura dos textos motivadores e contextualizando-os na perspectiva histórica atual, redija um texto dissertativo que apresente uma visão crítica sobre o seguinte tema:
UMA COLETIVIDADE ATUANTE RESTAURA UMA CIDADE PARTIDA?