(PROPOSTA DE REDAÇÃO)
Texto 1
O crédito de carbono é uma unidade de medida que corresponde, cada uma, a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (t CO2e). Essas medidas servem para calcular as emissões de gases do efeito estufa (GEE) e seu possível valor de comercialização. Sim, é isso mesmo: a redução das emissões de gases do efeito estuda pode ser comercializada!
Com base no Potencial de Aquecimento Global (Global Warming Potential ou GWP, na sigla em inglês), todos os gases do efeito estufa são convertidos em t CO2e. Dessa maneira, o termo “carbono equivalente” (ou COe) é a representação dos gases do efeito estufa em forma de CO2. Assim, quanto maior o potencial de aquecimento global de um gás em relação ao CO2, maior será a quantidade de CO2 representada em CO2e.
Nações que promovem redução das emissões de gases do efeito estufa recebem uma certificação de redução que contará como créditos de carbono. Esses últimos, por sua vez, podem ser comercializados com os países que não reduziram as emissões.
Sendo assim, quanto mais forem reduzidas as emissões em toneladas de CO2 equivalente por um país, maior será a quantidade de créditos de carbono disponível para a comercialização no mercado de carbono, proporcionalmente.
PORTAL ECYCLE. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/creditos-de-carbono. Acesso em: 30 mai. 2023. Fragmento.
Texto 2
Como o Brasil pode reduzir as emissões de carbono?
O país pode utilizar sistemas naturais e de base tecnológica para evitar, reduzir ou sequestrar as emissões de carbono. Segundo a McKinsey, analisando o potencial brasileiro, cerca de 80% dos projetos de restauração florestal em áreas de pastagem degradadas são capazes de remover carbono da atmosfera.
Esses projetos, além de gerar créditos de alta qualidade e atenderem à demanda de empresas que buscam créditos de sequestro de carbono, geram outros benefícios, como a recuperação da biodiversidade, impacto positivo nas comunidades locais, segurança hídrica, entre outros.
Outro exemplo são os projetos de agricultura regenerativa e de redução de metano que podem baixar as emissões. Restauração e proteção de manguezais também podem ser utilizados – o chamado carbono azul.
RIBEIRO, Janaína. Disponível em: https://investnews.com.br/ . Acesso em: 29 mai. 2023. Fragmento adaptado.
Texto 3
Na data de aniversário de 11 anos do Código Florestal, o debate acerca da regulamentação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) levanta questões cruciais como a liquidez, o esquema de governança e a segurança jurídica do mercado de crédito de carbono. A audiência pública, promovida pela Comissão de Meio Ambiente (CMA) nesta quinta-feira (25/05/23), foi destinada a instruir o Projeto de Lei (PL) 412/2022 e demais matérias que tramitam em conjunto para a definição do marco legal. [...]
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) escolheu para consolidar uma economia de baixo carbono 16 ações organizadas em quatro eixos: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal.
O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, expôs que a entidade defende um mercado de carbono sob a ótica do Cap and Trade, "em que é definida uma quantidade máxima de emissões de gases de efeito estufa aos agentes regulados e são emitidas permissões de emissão equivalentes". A CNI defende ainda uma "governança robusta", em que o setor privado esteja inserido. “O mercado regulado não é só uma solicitação da indústria, mas uma convergência de setores.” – disse Bomtempo.
AGÊNCIA SENADO. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/. Acesso em: 30 maio 2023. Fragmento adaptado.
Redija um editorial para ser publicado no portal virtual de uma Organização Não Governamental (ONG) defensora de causas ambientais, que reflita sua visão sobre a criação e a regulamentação do mercado de carbono no Brasil.