Questão
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE
2015
Fase Única
PROPOSTA-REDACA6446d38fab5
Discursiva
(PROPOSTA DE REDAÇÃO)

PROPOSTA 1
– Ser brasileiro: como se constrói a identidade nacional na atualidade?

1º Texto para a Proposta 1

Como se constrói uma identidade social? Como um povo se transforma em Brasil? A pergunta, na sua discreta singeleza, permite descobrir algo muito importante. É que no meio de uma multidão de experiências dadas a todos os homens e sociedades, algumas necessárias à própria sobrevivência, como comer, dormir, morrer, reproduzir-se etc., outras acidentais ou superficiais: históricas, para ser mais preciso – o Brasil foi descoberto por portugueses e não por chineses, a geografia do Brasil tem certas características como as montanhas na costa do Centro-Sul, sofremos pressão de certas potências europeias e não de outras, falamos português e não francês, a família real transferiu-se para o Brasil no início do século XIX etc. Cada sociedade (e cada ser humano) apenas se utiliza de um número limitado de “coisas” (e de experiências) para construir-se como algo único, maravilhoso, divino e “legal”...

DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986.

2º Texto para a Proposta 1

Como expressão da nossa identidade nacional costumamos dizer: “Nós, brasileiros, somos o povo da alegria, do calor humano, da hospitalidade e do sexo; tudo bem, temos lá nossas mazelas, nossos problemas, mas nenhum povo é mais caloroso, simpático e sensual neste planeta; nos identificamos pela nossa cordialidade, simpatia e calor humano” (Jessé Souza, 2011:29-39).
A cordialidade do brasileiro é um fenômeno existente, parcialmente, entre as camadas dos favorecidos culturais e socioeconômicos (camada de cima). Entre as pessoas da mesma hierarquia social realmente existe certa cordialidade. Frente aos discriminados (mulher, criança, idoso, negros, pobres, índios etc.), no entanto, a realidade é bem distinta, visto que eles são torturáveis, prisionáveis e mortáveis (extermináveis).

GOMES, Luiz Flávio. O mito da cordialidade brasileira: mais uma mentira! Disponível em:<http://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121925684/o-mito-da-cordialidade-do-brasileiro-mais-uma-mentira>. Acesso: 30 set. 2014.

3º Texto para a Proposta 1

A definição do caráter da identidade nacional ocupou lugar de destaque nos estudos literários brasileiros, sobretudo nos períodos compreendidos entre o século XIX e XX, respectivamente, com os movimentos estéticos Romantismo e Modernismo. Guardadas as devidas especificidades, foi intensa a movimentação que se estabeleceu no seio de ambos na busca da definição de um caráter que pudesse refletir a alma nacional. A literatura que, segundo Antonio Candido (2009), representa um veículo para dar legitimidade ao conhecimento da realidade local, foi ponto de partida para o projeto nacionalista que se iniciou com o Romantismo e, de certa forma, teve seu auge no Modernismo. (CANDIDO, 2009, p. 328).

OLIVEIRA, R. C. M. e FERREIRA, S. Literatura e identidade nacional: desafios do romantismo e modernismo brasileiros. Revista Eletrônica Fundação Educacional São José. 9. ed. Disponível em: < http://www.fsd.edu.br/site/wp-content/uploads/2014/03/Literatura-e-Identidade-Nacional.pdf>. Acesso em: 30 set. 2014.

PROPOSTA 2 – Cibercultura: o que pode ser apreendido das relações humanas mediadas pela tecnologia da comunicação?

1º Texto para a Proposta 2

A Era da Informação, de maneira geral, constitui o novo momento histórico em que a base de todas as relações se estabelece através da informação e da sua capacidade de processamento e de geração de conhecimentos. A esse fenômeno Castells (1999) denomina “sociedade em rede”, que tem como lastro revolucionário a apropriação da Internet com seus usos e aspectos incorporados pelo sistema capitalista.

A sociedade em rede também é analisada por Lévy (1999) sob o codinome de “cibercultura”, sendo, pois, este novo espaço de interações propiciado pela realidade virtual (criada a partir de uma cultura informática). Ao explicar o virtual, a cultura cibernética, em que as pessoas experienciam uma nova relação espaço-tempo, Lévy (1998) utiliza a mesma analogia da “rede” para indicar a formação de uma “inteligência coletiva”.

SIMÕES, Isabella. A sociedade em Rede e a Cibercultura: dialogando com pensamentos de Manuel Castells e de Pierri Lévy na era das novas tecnologias de comunicação. Revista Eletrônica Temática. ano 05, n. 05, maio 2009. Disponível em <http://www.insite.pro.br/2009/Maio/sociedade_ciberespaço_Isabella.pdf>. Acesso em 30 set. 2014.

2º Texto para a Proposta 2 



3º Texto para a Proposta 2