Questão
Simulado ENEM
2020
Fase Única
PROPOSTA-REDACAOA51107b101da
Discursiva
PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade formal da língua portuguesa sobre o tema:

As consequências da pirataria para a sociedade

Escreva um texto apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista.

TEXTO I

É crime, mas muita gente aceita, não vê problema em levar para casa CD ou DVD pirata, por exemplo. Afinal, produto falsificado custa menos do que o original. Grupos de combate à pirataria sabem dessa realidade e trabalham para mudá-la. Uma tarefa nada fácil. Ontem, agentes de segurança pública e universitários de Brasília participaram de palestras em que as consequências da pirataria foram relembradas: ela financia outros crimes, provoca desemprego, destrói negócios e faz o país perder dinheiro. Quem a produz ou a consome pode parar na cadeia. (...)

A Interpol considera a pirataria o crime do século. Segundo dados da polícia internacional, os produtos piratas movimentam cerca de US$ 522 bilhões por ano em todo o mundo. O tráfico de drogas, US$ 360 bilhões. A Abes divulgou que, em 2008, somente no DF, a pirataria causou um prejuízo de R$ 121 milhões ao setor de softwares. Os games falsificados são vendidos, quase sempre, em camelôs e feiras. Podem ser facilmente identificados pelas embalagens improvisadas, falta de manual de instrução e, principalmente, pelo preço bem abaixo do mercado.

TEXTO II

O Dia Nacional de Combate à Pirataria é celebrado no próximo domingo, 3 de dezembro. A intenção é alertar a população sobre os prejuízos provocados por essa prática ilegal e recorrente no Brasil e em outros lugares do mundo, mas que, mesmo assim, tem se mantido como parte da cultura nacional e do jeitinho brasileiro. Basta andar pelas principais vias do Centro de Belo Horizonte para flagrar a compra e venda de mercadorias pirateadas. São centenas de camelôs que vendem CDs, DVDs, roupas, óculos, calçados, bolsas e mochilas falsificados. (...)

O mau hábito custa caro para o comércio e aos cofres públicos. A estimativa do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) é a de que as perdas dos setores empresariais e dos governos federal, estadual e municipal geradas pela sonegação fiscal representem, aproximadamente, R$ 115 bilhões ao ano. Enquanto os lojistas deixam de faturar, o governo sai perdendo porque deixa de arrecadar impostos. Dinheiro que poderia ser revertido em educação, saúde e mobilidade urbana, por exemplo.

Muitos consumidores sabem que a prática de levar para casa produtos pirateados é ilegal, mas, por causa do preço mais em conta, não resistem à tentação. Pesquisa feita pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio Minas revela que 61% dos consumidores belo-horizontinos já compraram esse tipo de artigo, sendo que a última aquisição ocorreu nos últimos 12 meses, em 41% dos casos. Para a maioria (83,2%), o preço mais baixo é a principal justificativa. Mas a vítima pode acabar sendo o próprio consumidor, que é lesado com uma compra de baixa qualidade e sem qualquer garantia.

TEXTO III