PROPOSTA DE REDAÇÃO
TEXTO A
Morar em república pede divisão de tarefas da Folha de São Paulo
Conciliar festas e estudos e uma boa dose de liberdade com responsabilidade. Esses talvez sejam os maiores dilemas para quem mora em uma república.
“A maior dificuldade de estudar em Ouro Preto é aguentar a quantidade de festas”, afirma Enauê Paiva, 22, que cursa o sétimo período de Nutrição na Universidade Federal de Ouro Preto. Enauê divide o aluguel de R$ 1.300 da república particular Snoopy, onde mora, com mais 13 mulheres, todas estudantes.
E como será conviver com um grupo de 13, 20= moradores sob o mesmo teto? Para Enauê, “é preciso respeitar o outro". "Morar com 13 pessoas não é fácil, ainda mais sendo mulheres, mas vale a pena. A gente se sente como irmãs.” Ouro Preto (MG) pode ser considerada a capital brasileira das repúblicas estudantis. A cidade, que tem cerca de 65 mil habitantes, possui 72 repúblicas públicas e mais de 200 particulares.
Otávio Luiz Machado, 27, também mora em Ouro Preto, mas em uma república masculina e pública, com outros 24 moradores. Para ele, não há muitos problemas em morar com tantas pessoas, desde que as tarefas sejam divididas e cumpridas de forma justa. “Temos reuniões a cada 15 dias. Em cada mês, uma dupla fica responsável pelas questões administrativas da casa. Quanto à limpeza, além da diarista, cada um tem de zelar pelo seu espaço.” Se você não encontrar vaga em uma república, outra opção é morar em uma pensão, onde geralmente os custos também são baixos, mas com menor liberdade. Ou você mesmo pode fundar uma república. Foi o que fez Domingos Fortunato Netto, 22, estudante de Direito da Universidade Mackenzie de SP. Em 1997, ele alugou um apartamento na região central da capital paulista e começou a dividi-lo com outros estudantes. Hoje, ele mora com três alunos universitários. “É bom porque economizamos bastante dividindo as despesas. Mas o melhor é que aprendi muito, a cuidar de uma casa e a tolerar os outros”, diz. (Alessandro Tarso)
(www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u2641.shtml. Acesso em 9 de agosto de 2011)
TEXTO B
Morar em república
Entre as maiores mudanças que entrar na faculdade pode proporcionar para alguns calouros está a mudança de cidade. Em busca de melhores oportunidades de formação e profissionais, eles deixam o município em que vivem e encaram uma nova realidade que quase sempre inclui morar em uma república.(...). “Os alunos saem de cidades bem pequenas para uma cidade relativamente grande, em comparação com a de origem deles”, afirma Sabrina Novãs, assessora para assuntos comunitários e culturais da Universidade de Franca (Unifran). Ela estima que cerca de 45% dos alunos da instituição venham de outras localidades. Acostumar-se ao cotidiano de uma cidade grande é, na opinião de Sabrina, a primeira dificuldade com que os estudantes se deparam.
Encontrar uma pessoa com quem dividir o novo lar também é complicado. A assessora, que atende aos alunos da Unifran, recomenda aos calouros que procurem conhecer melhor os colegas com quem pretendem formar a república antes de se mudarem. Quanto menos gente, melhor. “Difícil conciliar os interesses e necessidades de muitas pessoas. E, de uma forma geral, repúblicas de pessoas com cursos afins dão mais certo.”(...)
Para a psicóloga Ana Maria Franco, essencial mesmo é definir bem as regras da república logo no início. “Decidam quem vai pagar as contas, quem vai tirar o lixo, como será feita a limpeza, se vão cozinhar juntos ou cada um vai fazer sua alimentação separado, se namorados e amigos podem frequentar a casa e em que horários. Quanto mais detalhada e conversada for essa divisão, menor a chance de aborrecimentos depois”, afirma.
Apesar das dificuldades, morar fora é sempre uma experiência enriquecedora e até recomendável, dizem as especialistas. “O estudante aprende a respeitar o espaço dos outros”, diz Sabrina.
“Os jovens ganham maturidade e desenvolvem a responsabilidade. É uma grande oportunidade de crescimento pessoal e por isso deve ser aproveitada ao máximo”, afirma Ana Maria.
(http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2004/0322/morar-em-republica.html. Acesso em 9 de agosto de 2011)
GÊNERO TEXTUAL – TEXTO INSTRUCIONAL
Redija um texto instrucional, em até 15 linhas, aos leitores da Folhateen, caderno do jornal Folha de S.Paulo, que contém matérias dirigidas, geralmente, ao público jovem. Você assumirá a posição de um(a) estudante morador(a) de uma república, que dará instruções de sobrevivência para quem deseja morar em uma república para estudar, levando em consideração as informações dos textos A e B, mas também ampliando-as.