PROPOSTA DE REDAÇÃO
TEXTO 1
Necessidade do uso de animais em testes gera divergências entre ativistas e pesquisadores por Caroline Menezes
A invasão do Instituto Royal, no interior de São Paulo, por ativistas para o resgate de cães da raça beagle que estariam sofrendo maus tratos, ampliou o debate sobre os limites do uso de animais em testes de remédios, vacinas e demais pesquisas e estudos científicos. Mesmo sem a confirmação, até o momento, de que os cães do Instituto eram realmente maltratados, o caso virou destaque na grande maioria dos jornais e das revistas.
(Disponível em <http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2013/11/necessidade-do-uso-de-animais-em-testes-geradivergencias-entre ativistas-e-pesquisadores>. Acesso em 22/08/2014.)
TEXTO 2
Sociedade Protetora critica uso de animais em pesquisas científicas
Por Thiago Ramari
A Sociedade Protetora dos Animais de Maringá (Spam) não concorda com a utilização de animais para a realização de pesquisas e para dar suporte ao ensino.
Segundo a presidente da Spam, Maria Eugênia Costa Ferreira, a metodologia é ultrapassada e poderia ser substituída. Ela defende que, como existe hoje conhecimento suficiente sobre as substâncias químicas, sabe-se quais delas são capazes de matar antes de serem utilizadas. Assim, poderiam ser testadas diretamente em pessoas que se predispusessem a participar do experimento. Quanto ao ensino, ela considera que a internet é uma alternativa.
“Não é mais preciso dissecar um animal para ver como é por dentro”, afirma. “Na Inglaterra, por exemplo, essa prática é proibida”. Além do mais, ela levanta outro questionamento: “será mesmo que os resultados obtidos com a pesquisa em roedores e cães servem para as pessoas?” Para a presidente da Spam, não. “Isto não é pesquisa avançada e, sim, atrasada.”
Maria Eugênia protesta também contra a repetição de experimentos. De acordo com ela, muitas universidades insistem em realizar pesquisas cujos resultados já foram obtidos por outras instituições. Dessa forma, mais animais são sacrificados – todos desnecessariamente. “As cobaias são induzidas a ter uma doença e têm de passar por operações”, afirma. “Não achamos que isso seja ético.”
(Disponível em <http://www.odiario.com/noticias/imprimir/201646>. Acesso em 22/08/2014.)
TEXTO 3
Sem animais, não há pesquisa
por Lúcia Beatriz Torres
Apesar dos inúmeros avanços da tecnologia, a Ciência ainda precisa usar animais de experimentação para a descoberta de novos medicamentos. (...) Mesmo a tecnologia mais sofisticada, nos dias de hoje, não consegue imitar a complexidade das interações entre as células, tecidos e órgãos que ocorrem nos seres humanos. Com objetivo de entender essas interações e facilitar o desenvolvimento de novos tratamentos, a metodologia científica elege os animais – quase em sua maioria ratos e camundongos – como modelo experimental do homem. Para Marcelo Morales, professor da UFRJ, “em virtude da complexidade da célula biológica, a medicina humana e também a veterinária são extremamente dependentes do uso de animais de experimentação. A expectativa na comunidade científica é de que, no futuro, métodos alternativos sejam viáveis, e os animais deixem de ser utilizados na atividade de pesquisa”.
Ao contrário do que muitos pensam, a pesquisa científica não trabalha só a favor do ser humano, mas dos próprios
animais. Um exemplo é a vacina antirrábica, que utilizou por volta de dois mil cães para ser desenvolvida e hoje salva,
anualmente, milhões de cães, gatos e outros animais.
(Disponível em <http://www.portaldosfarmacos.ccs.ufrj.br/atualidades_animais.html>. Acesso em 22/08/2014.)
TEXTO 4
Métodos alternativos disponíveis
Medicamentos e cosméticos na pele
(...) Para avaliar a irritação cutânea e a corrosividade de determinada substância em contato com a pele, não são mais necessários testes que expõem coelhos ou outras cobaias ao produto. Esses estudos podem ser feitos em pele humana reconstituída, ou seja, tecidos produzidos em laboratório por meio de cultura de células.
A aplicação desse método ainda representa um obstáculo no Brasil: o material utilizado na produção da pele reconstituída é importado e tem validade de apenas uma semana.
Temperatura
De acordo com a organização britânica “Fundo para a Substituição de Animais em Experimentos” (Frame, na sigla em inglês), outro teste alternativo disponível é o que avalia se determinado produto é capaz de provocar aumento da temperatura corporal. Se antes a única possibilidade era o uso de coelhos, hoje existe uma tecnologia para realizar esse experimento no sangue de voluntários humanos.
Ainda segundo a Frame, testes de fototoxidade, que verificam se o produto torna-se prejudicial quando a pele é exposta ao sol, também podem ser feitos sem o uso de cobaias vivas. Nesse caso, uma cultura de células de camundongos é exposta ao produto e à luz ultravioleta.
Testes virtuais
Modelos computacionais também podem substituir animais em testes para verificar a toxicidade de uma substância ou de que maneira ela será metabolizada pelo organismo. Isso pode ser feito pela análise de moléculas por programas de computador que permitem compará-las com dados referentes a outras moléculas.
Alternativas ainda mais ambiciosas, como a simulação do funcionamento de um órgão completo, estão em desenvolvimento pelo “Instituto Wyss de Engenharia Inspirada pela Biologia”, ligado à Universidade de Harvard. O instituto desenvolve microchips capazes de simular a reação dos órgãos humanos a determinados produtos ou microrganismos. Segundo Presgrave, porém a alternativa ainda não está disponível no país.
(Disponível em <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/07/brasil-vai-validar-metodos-alternativos-ao-uso-deanimais-em-pesquisa.html>. Acesso em 22/08/2014.)
GÊNERO TEXTUAL – NOTÍCIA
Como repórter de um dos portais de internet com maior número de acessos no Brasil, redija uma NOTÍCIA, em até 15 linhas, na qual se informa que o pesquisador César Chagas descobriu a cura para algum tipo de doença com o uso de animais OU com o uso de métodos alternativos em suas experiências. Assine a notícia como William Garcia ou Patrícia Passarinho.