PROPOSTA DE REDAÇÃO
TEXTO 1
Lixo eletrônico e meio ambiente
Com as frequentes inovações tecnológicas os aparelhos eletrônicos são substituídos por outros mais modernos com muito mais velocidade. Os aparelhos “antigos” tornam-se resíduos eletrônicos e grande parcela da população não sabe o que fazer com estes materiais, descartando-os, na maioria das vezes, em locais impróprios.
Pensando nisso, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) criou um programa para receber estes “lixos” e reciclá-los de maneira correta, sem prejudicar o meio ambiente. A Associação existe desde 1976, mas o programa para este tipo de material surgiu em 2011, e desde então já recolheu mais de 240 mil toneladas de equipamentos. São 14 postos na capital e na região metropolitana de São Paulo.
Estes tipos de produtos contêm substâncias tóxicas em sua composição, como chumbo, cádmio, mercúrio, berílio etc. Se depositados em qualquer local e sem os cuidados específicos, podem causar sérios danos ao meio ambiente, como a contaminação dos lençóis freáticos e, eventualmente, danos à saúde da população que vive nas proximidades.
Além disso, estes equipamentos são compostos por grande quantidade de plástico, vidros e metais, materiais que levam muito tempo para se decomporem no solo.
O descarte incorreto do lixo eletrônico é um grande problema para o meio ambiente. Os lixos eletrônicos, também conhecidos pela sigla REEE (Resíduos de Equipamentos Eletro Eletrônicos), quando descartados de modo incorreto podem gerar sérios riscos ao meio ambiente. Este fator se dá devido ao uso de metais pesados altamente tóxicos na composição destes equipamentos, além de outros componentes químicos diversos. Quando o descarte incorreto ocorre, tais materiais são enterrados junto dos equipamentos, sendo então absorvidos pelos solos com os quais tiveram contato, contaminando, posteriormente, os lençóis freáticos. Outro método incorreto (e comumente feito) é o da queimada dos materiais, liberando toxinas extremamente perigosas no ar. Além destes fatores expostos (que afetam a humanidade de forma direta), ainda encontra-se em risco o trabalhador responsável pelo descarte irregular, visto seu contato direto com tais fumaças tóxicas ou até mesmo pelo consumo de água próximo a regiões de descarte (quando enterrados), podendo causar graves danos à saúde. Assim, o descarte correto é de extrema importância não só para o meio ambiente, mas também para a saúde humana.
(Texto adaptado de “Descarte incorreto de lixo eletrônico pode causar danos ao meio ambiente”. SANTOS, Amanda Cristine dos e KIKUCHI, Victor. Disponível em <http://www.metodista.br/rpcom/noticias-rpcom/2013/descarte-incorreto-de-lixo-eletronico-pode-causar-danos-ao-meio-ambiente. Acesso em 09/4/2015. E de “Você sabe o que é Lixo Eletrônico e como Reciclar?”. Disponível em <http//www.elixo.org.br/reciclagem-lixo-eletronico/>. Acesso em 09/4/2015)
TEXTO 2
Lixo eletrônico: o que nós podemos fazer?
A pergunta-chave, o que nós podemos fazer?, envolve muitas iniciativas e muitos fatores que dizem respeito não só ao desconhecimento da toxidade deste tipo de lixo, mas, sobretudo, ao consumo desenfreado.
É comum nos rendermos ao apelo do mercado para trocar de celular ou de computador todo ano. Mas isso não faz o menor sentido. Se o aparelho de celular estiver funcionando e o computador servindo às nossas necessidades, mantê-los e aproveitá-los enquanto têm vida útil é uma forma de economizar e de não poluir o meio ambiente.
No entanto, se não conseguirmos resistir à sedução de um celular com maior capacidade e eficiência no uso de aplicativos ou se nosso computador estiver lento ou obsoleto, há sempre um amigo ou uma instituição que pode aproveitar tais equipamentos. A doação não só ajuda outras pessoas, como também contribui para a não produção de lixo eletrônico. No caso dos computadores, por exemplo, nem sempre a troca é mesmo imprescindível. Quando o equipamento passa por manutenção periódica, é possível detectar a razão da lentidão, que pode ser em função de arquivos perdidos e “lixo” deixado pelo sistema operacional ou devido a vírus, por exemplo. Uma solução é fazer um backup de arquivos e depois formatar o computador, reinstalando novamente o sistema operacional. O uso de antivírus antes de formatar a máquina pode resolver o problema sem a necessidade da formatação.
O mercado virtual dispõe de vários sites de negócios para compra, venda ou fazer aquele chamado “rolo” . Nesses sites, é possível vender computadores usados, inteiros ou com as peças separadamente, além de encontrar ofertas de vendas, separadamente, de CPU, monitor, teclado, mouse, caixas de som ou mesmo de peças internas individualmente. Mesmo que a venda seja por um valor mínimo, alguém sempre pode reaproveitar o que se tornaria lixo.
Em relação aos celulares e a outros componentes eletrônicos, alguns fabricantes mantêm urnas de coleta em lojas das operadoras e em oficinas autorizadas para o descarte das baterias e pilhas. Há também os que recebem de volta aparelhos usados tanto para descarte como parte de pagamento de um aparelho novo. Considerar como critério de compra, além do preço, a responsabilidade que a empresa assume com o meio ambiente é uma das maneiras de amenizar os danos do consumismo desenfreado.
(Texto adaptado de “Lixo eletrônico – problemas e soluções”. Disponível em <h t t p //www.sermelhor.com.br/ecologia/lixo-eletronico problema-e-solucoes.html>. Acesso em 09/4/2015)
GÊNERO TEXTUAL – CARTA DE SOLICITAÇÃO
Redija uma CARTA DE SOLICITAÇÃO, em até 15 linhas, ao vereador de sua cidade, Sr. Eugênio da Câmara, solicitando a proposição de um projeto de lei que crie programas de descarte e de reciclagem de lixo eletrônico. Você deverá assinar sua carta usando apenas (sem mais complemento) o nome Cidadão ou Cidadã.