PROPOSTA DE REDAÇÃO
Texto 1
A decisão de Angelina Jolie de remover um órgão para prevenir a incidência de câncer gerou repercussão mundial mais uma vez, lançando luz sobre a solução indicada por especialistas para os casos de quem apresenta mutação no gene BRCA1. Angelina, que perdeu a mãe, a avó e a tia para a doença, retirou as mamas (mastectomia) em 2013 e, recentemente, fez cirurgia para a remoção de ovários e trompas de Falópio (tubas uterinas). Patricia Prolla, professora de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenadora da Rede Nacional de Câncer Familial, ressalta que a decisão da atriz em nada tem a ver com exagero ou automutilação: “O que ela está fazendo é alertar para um risco muito alto e está tentando desmistificar uma conduta que é agressiva, mas necessária.”.
(“Entenda a mutação do gene de Angelina Jolie”. http://zh.clicrbs.com.br, 27.03.2015. Adaptado.)
Texto 2
Segundo o Dr. Antonio Luiz Frasson, mastologista do Hospital Albert Einstein, tumores nas mamas associados à mutação do gene BRCA1 afetam mulheres mais jovens, justamente uma faixa etária na qual alguns métodos de rastreamento, como a mamografia tradicional, podem se revelar menos eficientes. O rastreamento familiar e os exames moleculares permitem identificar se há suscetibilidade hereditária a mutações. Quando confirmada a mutação genética, particularmente do gene BRCA1, a mastectomia é, sim, um eficiente recurso preventivo.
(“Mastectomia profilática: fazer ou não?”. www.einstein.br, 12.06.2013. Adaptado.)
Texto 3
Uma mulher com alto risco para câncer de mama pode optar por não fazer a mastectomia preventiva. Uma alternativa é redobrar o acompanhamento das mamas, partindo para exames de rastreamento, como ultrassom e mamografias, em intervalos de tempos mais curtos, por exemplo. O objetivo, nesse caso, é identificar o câncer numa fase muito precoce e iniciar o tratamento adequado a partir desse diagnóstico. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, se a doença for detectada em estágio inicial, a chance de cura chega a 90%.
(“Mastectomia preventiva: cirurgia”. www.minhavida.com.br. Adaptado.)
Texto 4
A cirurgia de retirada dos ovários, das trompas e das mamas não é a única forma de prevenir o câncer nesses locais. Uma alimentação equilibrada, aliada a exercícios físicos e a um rigoroso acompanhamento médico, pode evitar o crescimento de tumores e impedir a mutilação. “A retirada dos órgãos diminui em 90% a possibilidade de a mulher ter a doença, mas não a extingue por completo”, afirma Reynaldo Augusto Machado Júnior, ginecologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Outro agravante da retirada dos ovários é a menopausa precoce, que pode trazer sintomas depressivos, osteoporose desencadeada pela perda de massa óssea e queda na libido. A reposição hormonal pode ajudar a evitar esses sintomas, mas, por ter potencial cancerígeno, também aumenta a chance de desenvolver outros tipos de câncer.
(“Cirurgia de Angelina para evitar câncer leva à menopausa e queda da libido”. http://noticias.uol.com.br, 24.03.2015. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Remoção de órgãos saudáveis para evitar o câncer: prevenção necessária ou conduta exagerada?