Palavra de origem africana, kitanda refere-se ao tabuleiro com que vendedores ambulantes expõem e carregam suas mercadorias nas feiras livres. Apesar de a expressão denominar popularmente um pequeno mercado de comércio de víveres, em Minas Gerais também permaneceu vivo outro sentido: aquele mais próximo dos quitutes ofertados pelas escravas vendedoras de comida pelas ruas das cidades brasileiras coloniais, com seus grandes tabuleiros, difundindo os sabores africanos. Denomina-se por “quitanda” grande variedade de biscoitos, roscas, pães e bolos produzidos em casa, que outrora ocupavam o espaço dos atuais produtos panificados. Elas ainda estão presentes em algumas mesas do interior de Minas; não com toda sua variedade de outrora, nem com a força de alimento cotidiano, mas presente nos cadernos de receita das senhoras e nos afagos às visitas recebidas.
DUTRA, Rogéria Campos A. “Em ponto de dentro”. Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, ano 10, nº 115, abr. 2015. p. 22. Adaptado.
Ao refletir sobre o significado da palavra “quitanda” em algumas comunidades do interior de Minas Gerais, o texto destaca a: