Para responder à questão, considere o texto a seguir.
“Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem entendem nenhuma crença. Eles não lavam, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha... Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos. Neste dia, enquanto ali andaram, dançaram e bailaram sempre com os nossos, ao som dum tamboril dos nossos, de maneira que são muito mais nossos amigos, que nós seus.”
(Pero Vaz de CAMINHA. Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei d. Manuel sobre o Achamento do Brasil. Sintra: Europa-América, s/d. p.90-1. Adaptado)
Esse excerto da carta de Pero Vaz de Caminha faz menção ao seguinte fato: