No Brasil, liberalistas eram abolicionistas, portanto contrapunham-se às teses racistas defendidas por cientistas e pelas instituições oficiais do império.

O racismo foi usado como fator explicativo do atraso brasileiro em razão de nossa população ser mestiça e, por isso, não poderia desenvolver-se fora do modelo escravista.

O liberalismo fundamenta-se no indivíduo e sua liberdade pessoal, o racismo liga o indivíduo ao destino de sua raça, enquanto resultado de uma estrutura biológica específica.

O racismo dos cientistas que defendiam a tese de superioridade racial voltava-se contra a miscigenação e pregava o branqueamento da população brasileira nas gerações vindouras, daí seu caráter conservador.

O liberalismo pressupõe ausência de atuação estatal, portanto o Estado não poderia combater as práticas racistas, que se fundamentam na liberdade de expressão do indivíduo.