Em O Paraíso Perdido, Euclides da Cunha assim registrou uma de suas impressões sobre a Amazônia no tempo da borracha.
“O rude seringueiro é duramente explorado, vivendo despeado do pedaço de terra em que pisa longos anos – e exigindo, pela sua situação precária e instável, urgentes providências legislativas que lhe garantam melhores resultados a tão grandes esforços. O afastamento em que jaz, agravado pela carência de comunicações, redu-lo, nos pontos mais remotos, a um quase servo, à mercê do império discricionário dos patrões”.
(CUNHA, Euclides da. O Paraíso Perdido. Brasília: Senado Federal, 2000, p. 114)
Na organização do seringal, Euclides da Cunha considerava o seringueiro reduzido a uma condição de “quase servo”, significando que o trabalhador do seringal na cadeia do aviamento encontrava-se