Questão
Centro Universitário do Pará - CESUPA
2013
Fase Única
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
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 Em O Paraíso Perdido, Euclides da Cunha assim registrou uma de suas impressões sobre a Amazônia no tempo da borracha. 

 “O rude seringueiro é duramente explorado, vivendo despeado do pedaço de terra em que pisa longos anos – e exigindo, pela sua situação precária e instável, urgentes providências legislativas que lhe garantam melhores resultados a tão grandes esforços. O afastamento em que jaz, agravado pela carência de comunicações, redu-lo, nos pontos mais remotos, a um quase servo, à mercê do império discricionário dos patrões”. 

(CUNHA, Euclides da. O Paraíso Perdido. Brasília: Senado Federal, 2000, p. 114) 

 Na organização do seringal, Euclides da Cunha considerava o seringueiro reduzido a uma condição de “quase servo”, significando que o trabalhador do seringal na cadeia do aviamento encontrava-se 

A
atrelado à terra e, portanto, sujeito ao pagamento de inúmeros tributos ao patrão, dono da propriedade e dos meios de comunicação, como acontecia na sociedade do Antigo Regime.
B
despeado da terra, porque o seringal somente poderia pertencer aos financiadores da economia, donos das casas bancárias localizadas em Belém e em Manaus. 
C
distanciado da capital paraense em decorrência da precária comunicação, pois o único meio de transporte eram os regatões de propriedade dos comerciantes libaneses residentes na região. 
 
D
na última escala hierárquica da cadeia do aviamento e, mesmo sendo a força de trabalho fundamental na economia da borracha, era explorado pelos donos de seringais, vigiado por seus capatazes e, às vezes, até pela polícia.