Partindo da mitologia amazônica, o escritor fundiu as tradições brasileiras numa narrativa desprovida das dimensões de tempo e espaço. Essa narrativa fantástica visa, entre outras coisas, ser um retrato satírico do brasileiro, e nela a realidade local se eleva, pela imaginação solta, ao nível dos grandes relatos mitológicos, numa prosa trepidante e pitoresca, graças à qual a vasta informação é dissolvida pelo ritmo vertiginoso.
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)
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