Questão
Universidade Federal do Pará - UFPA
2010
Fase Única
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
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Platão, filósofo grego, ao se referir à propriedade da terra diz: 

“Que ninguém toque no marco que separa o seu campo da do seu vizinho, porque o marco deve continuar imóvel. Que ninguém queira deslocar a pedrazinha que separa a amizade da inimizade, a pedra que juramos deixar em seu lugar.”

(COULANGES, Fustel de. A Cidade Antiga. São Paulo: Martin Claret, 2001, p. 74)

A referência à “pedrazinha” traduz o costume na sociedade grega de os homens colocarem algumas pedras grandes ou troncos de árvores para delimitar a propriedade da família, assim, aquele que deslocasse o marco seria condenado pelos deuses. Sobre esse costume da Grécia Antiga, é correto afirmar
A
A terra era considerada de propriedade dos deuses, o que impedia que os homens a comercializassem mesmo que houvesse a autorização do sacerdote. A lei de Sólon veio solidificar a crença de que vender a terra era renunciar à religião e à cidadania.
B
A proibição de vender a propriedade rural ou dividi-la entre os parentes significa que, na sociedade grega, a terra era considerada um bem inalienável. O vizinho que quisesse alargar sua propriedade teria que consultar os sacerdotes e os oráculos, sob pena de seus bois e escravos serem imolados.
C
A casa e o campo estavam incorporados à família e esta poderia fazer qualquer transação comercial desde que uma parte da propriedade fosse doada ao templo de Palas Atena. Somente em Esparta é que a propriedade da terra não era vinculada à religião doméstica.
D
A propriedade da terra era considerada tão inalienável quanto nos primórdios da civilização romana. A Lei das Doze Tábuas veio alterar a propriedade privada da terra ao estabelecer que tanto os hilotas como os plebeus, além dos considerados “bárbaros”, poderiam adquirir terras como pagamento de dívidas. 
E
A instituição da propriedade privada estava implícita na própria religião muito antes das leis. Cada domínio estava sob a proteção da divindade doméstica e, para apropriar-se, era preciso derrubar ou deslocar um marco considerado um deus; o que tornava a ação um sacrilégio e determinava castigo severo.