Pode-se dizer que, desde a Revolução Científico-Tecnológica até os anos 70, a tendência histórica foi a de que os Estados nacionais controlassem a economia e as grandes corporações, o que caracterizou a fórmula mais equilibrada de prática democrática, chamada "Estado de bem-estar social". Com a globalização, porém, essa situação mudou por completo. As grandes empresas adquiriram um tal poder de mobilidade, redução de mão-de-obra e capacidade de negociação, podendo deslocar suas plantas para qualquer lugar onde paguem os menores salários, os menores impostos e recebam os maiores incentivos; tanto a sociedade como o Estado se tornaram seus reféns. O tripé que sustentava a sociedade democrática moderna foi quebrado.
SEVCENKO, Nicolau. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 30-31. Adaptado.
O texto faz referência ao Estado de Bem-Estar Social, cujas funções principais são: