Poema de circunstância
Onde estão os meus verdes?
Os meus azuis?
O Arranha-Céu comeu!
E ainda falam nos mastodontes, nos brontossauros,
[nos tiranossauros,
Que mais sei eu…
Os verdadeiros monstros, os Papões, são eles, os
[arranha-céus!
Daqui
Do fundo
Das suas goelas,
Só vemos o céu, estreitamente, através de suas
[gargantas ressecas.
Para que lhes serviu beberem tanta luz?!
Defronte
À janela onde trabalho
Há uma grande árvore…
Enquanto há verde,
Pastai, pastai, olhos meus…
Uma grande árvore muito verde… Ah!
Todos os meus olhares são de adeus
Como o último olhar de um condenado!
QUINTANA, Mário. Apontamentos de História Sobrenatural. Porto Alegre:Globo e IEL, 1976.
Considerando o texto e seus conhecimentos, é correto afirmar que o poema expressa