A Possêidon
Dádivas colhi do mar e a Possêidon, meu canto.
Se a terra adormece e estéril é seu repouso,
Avanças, poderoso! O fundamento das coisas estremece,
Rochedos fendem-se, crispa-se o arvoredo. Mais que os ventos,
Impões o fluxo e a mudança. Lampejos da aurora se acendem
No poente. Move meu canto, move a Terra num bramido,
Touro do Mar, e um novo reino instaura, dissolvendo
Nas águas a impureza dos feitos. Acenda-se o olhar humano
Em chama renovada e às almas de luz os corpos se reúnam!
SILVA, Dora Ferreira. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004.p.48.
De acordo com a leitura do poema acima, assinale a alternativa correta.