A QUEESTÃO REFERE-SE AO LIVRO QUINCAS BORBA, DE MACHADO DE ASSIS
(Rio de Janeiro: EdUERJ, 2024), publicado pela primeira vez em 1891.
Capítulo I
Rubião fitava a enseada – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra coisa. Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de propriedade.
No primeiro parágrafo do romance, o personagem manifesta uma percepção do mundo que revela uma postura de: