Questão
Sprint ENEM
2021
Fase Única
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Quarto de despejo
Carolina Maria de Jesus

Do diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus surgiu este autêntico exemplo de literatura-verdade, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. Com uma linguagem simples, mas contundente e original, a autora comove o leitor pelo realismo e pela sensibilidade na maneira de contar o que viu, viveu e sentiu durante os anos em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com seus três filhos.

Ao ler este relato — verdadeiro best-seller no Brasil e no exterior — você vai acompanhar o duro dia a dia de quem não tem amanhã. E vai perceber com tristeza que, mesmo tendo sido escrito na década de 1950, este livro jamais perdeu a sua atualidade. 

JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2007.

Carolina Maria de Jesus é uma importante voz da literatura contemporânea, por concentrar o poder do discurso de mais de um lugar de fala, sendo mulher, preta e favelada. Seu diário, enquanto escrita subjetiva da sua experiência pessoal, evidencia
A
o caminho de superação das dificuldades da sua vida pessoal sem com isso afetar esferas alheias.
B
a articulação entre a composição ética e a estética, legitimando a sua trajetória de vulnerabilidade.
C
a denúncia da discriminação que sofre constantemente por não ter meios para prover para sua família.
D
o desejo de contornar os obstáculos que a vida lhe coloca com a pretensão de motivar os outros.
E
o sentimentalismo pelo qual fala tocada de seu cotidiano marcado pelo seu pessimismo.