Questão discursiva 1

Leia o infográfico e o texto a seguir.
Texto 1

https://www.poder360.com.br/saude/variola-dos-macacos-entenda-sintomas-e-tratamento-da-doenca/
Texto 2
Varíola do macaco: LGBTQIA+ não é grupo de risco, afirma especialista
Infectologista alerta que não há um grupo de risco para a doença e, sim, um comportamento de risco — ter contatos íntimos —, que pode ser feito por qualquer pessoa de qualquer gênero e orientação sexual
A recomendação do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, de que homens que fazem sexo com homens reduzam o número de parceiros sexuais para minimizar o contágio e a transmissão da varíola do macaco, acendeu o alerta em especialistas de saúde e pessoas LGBTQIA+ sobre o risco do novo surto da doença ser estigmatizado como um contágio exclusivo dessa parte da população.
O receio dos especialistas é de que as informações e recomendações sobre a doença crie no imaginário popular o entendimento de que a doença é algo exclusivo de gays ou homens bissexuais, como foi erroneamente feito com o vírus HIV nos anos 1980, quando a doença ficou conhecida como "peste gay" — mesmo com o diagnóstico positivo ser registrado também em mulheres, bebês e usuários de drogas injetáveis.
Para a infectologista do Centro Especializado em Doenças Infectocontagiosas (Cedin) Joana D’Arc, o erro foi que a recomendação de Tedros abriu margem para que a comunidade LGBTQIA+ seja vista como um grupo de risco, o que não é verdade.
https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/2022/07/5025533-variola-do-macaco-lgbtqia-nao-e-grupo-de-risco-afirma-especialista.html
Com base na leitura do infográfico, escreva um texto argumentativo-expositivo explicando por que a varíola dos macacos não devem ser considerada uma “doença gay”.
Seu texto deverá:
- ter de 12 a 15 linhas;
- Contextualizar a polêmica;
- Selecionar informações que provem a tese que a doença não está restrita a um grupo;
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Questão discursiva 2
O texto a seguir é um trecho do depoimento Luciano Rodrigues P. do Carmo, publicado no Museu da Pessoa. Disponível em https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/historia/passageiro-com-a-cobra-em-coletivo-urbano-102656
Dê continuidade à narrativa a partir do ponto em que foi interrompida, garantindo a coerência entre o trecho inicial e o trecho posterior à interrupção.
Seu texto deverá:
- ter no mínimo 8 e no máximo 10 linhas;
- obedecer aos elementos formais necessários ao desenvolvimento do gênero discursivo solicitado.
Certa vez, tomei um ônibus perto da minha casa, aqui em Belo Horizonte, daí entrou um passageiro que não queria pagar a passagem de jeito nenhum. Já no ponto seguinte, foi impedido de descer pela porta da frente pelo motorista e pelo cobrador. Quando o ônibus continuou seguindo, já no ponto seguinte, novamente o passageiro tentou descer pela porta da frente, e novamente ele foi contido. Insatisfeito, ele sacou um canivete da sua bolsa e começou a ameaçar o motorista e o cobrador. Aí, ele foi dominado pelos passageiros que pediram para o motorista parar em frente a um posto policial que fica na região. Chegando lá, eles chamaram os policiais de dentro do ônibus. Quando a polícia chegou e foi dar busca no homem, eles pediram que ele colocasse a bolsa no chão, todo mundo pensou que tinha droga dentro da bolsa. No entanto, o que saiu de lá foi uma baita de uma cobra ...
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Questão discursiva 3
Leia o texto a seguir.
A IMAGEM E O ESPETÁCULO
por Adauto Novaes
(...)
A imagem, hoje, tem sentido muito mais forte em nossa vida quotidiana. Em cinquenta anos de produção e reprodução de imagens de televisão no Brasil, período de um desenvolvimento técnico sem precedentes e sem exemplos na história, as formas da vida social — religião, costumes, princípios éticos e políticos — passaram a ser objeto de controvérsia e revisão. Aos poucos, a difusão universal de imagens foi sendo consumida pelas sociedades. Cenários e mitos artificiais e instáveis foram feitos e desfeitos com rapidez. A instantaneidade e a simultaneidade adquiriram novas dimensões: o mundo foi posto na ponta dos dedos. Mais: a “realidade virtual” imagina romper com a clássica cisão entre o natural e o artificial. Culturas convivem com tendências e pensamentos que se ignoravam, crenças incompatíveis foram postas lado a lado, e estéticas nunca pensadas são reveladas. Tudo isso mediado pelas imagens. Sucessivas descobertas de mundos jamais vistos antes foram apresentadas ao espectador comum, graças às imagens. Essa nova realidade pôs o próprio pensamento em crise. À diferença dos momentos anteriores, a imagem hoje se transformou na mercadoria por excelência, objeto de produção, circulação e consumo, realizando de forma fantástica o velho axioma: cria-se não apenas uma mercadoria para o sujeito, mas criam-se, também, sujeitos para a mercadoria. É este hoje o estatuto da imagem.
Na análise de Paul Valéry, ainda que feita para outra crise e outro momento, o mundo moderno com toda a sua potência, com um capital técnico prodigioso, inteiramente penetrado de métodos positivos, não soube fazer uma política, assim como também não soube fazer uma moral, um ideal, nem leis civis ou penais em harmonia com os modos de vida que ele criou, nem mesmo com os modos de pensamento que a difusão universal e o desenvolvimento de certo espírito científico impõem.
A televisão é parte desse processo. As imagens televisivas transformaram-se em nova religião, “espírito de um mundo sem espírito”. Isso não quer dizer que o problema esteja nas imagens apenas, mas sim no excesso de sua produção e no novo sentido que se quer dar a elas. As imagens sempre exigiram de nós tempo para ver, o tempo lento da vidência e da evidência, isto é, o tempo necessário para o desvelamento das ideias contidas em cada uma delas. O desvelar de uma imagem está na própria etimologia da palavra theoría, derivada da fusão de theá (“visão”, “olhar”) e ora (“desvelo”). A simultaneidade excessiva das imagens televisivas abole o tempo — tudo vira presente eterno —, tirando aquilo que é constitutivo de cada imagem, que é sua relação com o passado e com o futuro. Sem passado e sem futuro, as “duas maiores invenções da humanidade”, segundo Valéry, a visão torna-se impossível, indiferente e irrepresentável. Todos sabem: tal como o excesso de luz cega, o excesso de imagens cega.
Somos hoje dominados de ponta a ponta pelas imagens, e é graças a esse excesso que não aprendemos a ver ainda. Se não sabemos ver, é certamente porque a visibilidade não depende do objeto apenas, nem do sujeito que vê, mas também do trabalho da reflexão: cada visível guarda uma dobra invisível que é preciso desvendar a cada instante e em cada movimento.
(...)
https://artepensamento.ims.com.br/item/a-imagem-e-o-espetaculo/?sf_action=get_data&sf_data=all&_sfm_data=1982+2014&sf_paged=2
Elabore um resumo do texto acima que contemple as características da imagem no geral e da televisão em particular.
Seu texto deve:
- ter de 12 a 15 linhas;
- respeitar as características de um resumo;
- ser elaborado com suas próprias palavras.