RATAZANA/RATO
Os ratos e ratazanas são difíceis de apanhar. Esquivos por natureza, furtivos, aparecem e desaparecem como mágicos minúsculos. Às voltas com o ser humano, aparecem sempre por trás. Ensombram-nos onde quer que vamos, perpétuos clandestinos na nossa viagem pela história e nas nossas travessias de intrépidos mundos novos. Esgueiram-se pelas fendas da nossa extensão física e psíquica, ao corrente de segredos que guardamos no armário e no guarda-louça. Como o tempo, a fome e a culpa, roem sem cessar. Personificam a inquietude labiríntica sob a superfície das coisas.
MARTIN, Kahtleen (Ed.). O livro dos símbolos: reflexões sobre imagens arquetípicas. Colônia: Taschen, (p. 290).
Tendo por base esse verbete, em que medida o símbolo dos “ratos” contribui para o conto “Seminário dos ratos” de Lygia Fagundes Telles?