“Reflitas em que esse a quem chamas teu servo, nascido da mesma semente, vive sob o mesmo céu, respira da mesma maneira, da mesma maneira vive e da mesma morre! Tanto podes tu vê-lo livre como ele a ti escravo [...]. Não quero me meter numa questão imensa e dissertar sobre o tratamento dos escravos, com os quais somos extremamente orgulhosos, cruéis e injuriosos. Em suma, a minha doutrina é esta: vive com um inferior da mesma maneira que quererias que um superior vivesse contigo. Todas as vezes que te lembrares dos teus poderes sobre o teu servo, outras tantas te lembrem os do teu senhor sobre ti”.
SÊNECA. Carta a Lucílio, 47, 10-11. In: PEREIRA, Maria Helena da Rocha. Romana: antologia da cultura latina. Coimbra: Universidade de Coimbra/Instituto de Estudos Clássicos, 1994, p. 227-228.
No decorrer dos séculos I a III d. C., a atitude com relação aos escravos se modificou em Roma. Essa mudança estava relacionada principalmente à