A Revolução Cultural não foi tão somente uma colossal campanha de repressão. Tratou-se, antes, de uma tentativa radical de sacudir as estruturas burocráticas mobilizando contra elas a revolta de uma geração mais jovem, e foi vivida como uma libertação mental. A meta autoproclamada da Revolução Cultural era uma transformação igualitária de perspectivas em que as “três grandes diferenças” –entre cidade e campo, agricultura e indústria, e, sobretudo, trabalho intelectual e manual –não tivessem mais lugar.
ANDERSON, Perry. Duas revoluções: Rússia e China. São Paulo: Boitempo, 2018. p. 34.
Ocorrida a partir de 1966, a Revolução Cultural Chinesa