A Rosa de Hiroxima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
Fonte: MORAES, Vinícius de. Poesia completa e prosa. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1981. p. 265.
Com relação ao texto, marque a soma da(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. Há, no poema, apenas dois verbos: pensar e esquecer. Tais verbos estão no modo imperativo, denotando o apelo feito aos interlocutores para que reflitam
sobre o tema de que trata o texto.
02. Nos versos “Pensem nas crianças/ Mudas telepáticas/ Pensem nas meninas / Cegas inexatas/ Pensem nas mulheres/ Rotas alteradas” predomina a função
conativa ou apelativa da linguagem, centrada no interlocutor.
04. Não há sinais de pontuação no poema, o que caracteriza a literatura do parnasianismo.
08. O poema se refere às crianças que são mudas e que não conseguem pedir socorro diante de uma situação de perigo.
16. O autor se utiliza de uma comparação nos dois últimos versos do poema.
32. Nos versos “Pensem nas feridas / Como rosas cálidas” a palavra destacada expressa uma justificativa.