SATÉLITE (Manuel Bandeira)
Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira
Muito cosmograficamente
Satélite.
Desmetaforizada,
Desmistificada,
Despojada do velho segredo da melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
Os astros dos loucos e dos namorados.
Mas tão-somente
Satélite.
Ah Lua deste fim de tarde,
Demissionária das atribuições românticas,
Sem show para as disponibilidades sentimentais!
Fatigado de mais-valia,
Gosto de ti assim:
Coisa em si:
- Satélite.
BANDEIRA, Manuel. Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/manuel-bandeira-poemas/#.VDNP55jkjd0>. Acesso em: 30 set. 2014
Com relação à compreensão global do poema de Manuel Bandeira, podemos afirmar que