(SOMATÓRIA)
[...] América Latina é aqui um conceito histórico, não um espaço geográfico, ou seja, trata-se da área do continente americano onde, a partir do século XVI, instalou-se a civilização ibérica, ou, ainda, a área colonizada pelos reinos de Portugal e Espanha. A América Latina evoca assim a ideia de civilização, significando que, em termos geográficos, ela se divide em três troncos: América do Norte, a que pertence o México; América Central, da qual fazem parte os pequenos países do Istmo e do Caribe; e a América do Sul. Implica também que nem todas as terras situadas ao sul dos Estados Unidos constituem América Latina: no mar do Caribe e na América do Sul, encontramos territórios que, em termos de civilização, pertencem ao mundo anglo-saxão, como Belize e Jamaica, ou a outras potências não latinas, como o Suriname, ex-colônia holandesa. Dessa perspectiva, esses territórios não compõem a América Latina, embora mantenham laços íntimos com ela e com sua história.
ZANATTA, Loris. Uma breve história da América Latina. Trad. de Euclides Luiz. São Paulo: Cultrix, 2017. p. 311.
Sobre o continente americano e a América Latina, é correto afirmar que:
01. a violência e a pobreza existentes em El Salvador, Guatemala e Honduras, países conhecidos como Triângulo Norte da América Central, levaram um elevado contingente populacional a migrar para os Estados Unidos nos últimos anos.
02. no istmo da América Central estão os países com melhores indicadores sociais da América Latina, como Porto Rico, Panamá, Costa Rica e República Dominicana.
04. entre os países que se enquadram na definição de América Latina apresentada pelo autor, o Brasil só não faz fronteira com aqueles pertencentes aos troncos da América Central e da América do Norte.
08. entre as subdivisões regionais no contexto geográfico da América Latina estão a América Andina, delineada pela Cordilheira dos Andes, e a América Platina, banhada pela bacia do rio da Prata.
16. alguns países latino-americanos mudaram as suas atividades econômicas nas últimas décadas, substituindo a exportação dos produtos agrícolas e minerais por novos setores industriais e tecnológicos, como ocorreu no Peru, na Colômbia, na Bolívia, no Brasil e no Paraguai.