Questão
Universidade Estadual de Maringá - UEM
2011
Fase Única
SOMATORIA-Estetica342c75e1470
Discursiva
SOMATÓRIA

“A Estética, enquanto reflexão filosófica, busca compreender, num primeiro momento, o que é beleza, o que é belo. A preocupação com o belo, com a arte e com a sensibilidade” é própria da reflexão estética. Não se trata de “uma discussão de preferências, simplesmente com o fim de uniformizar os gostos. Então, ela não poderá ser normativa, determinando o que deve ser, obrigatoriamente, apreciado por todos.” (Filosofia. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 272). Ainda assim, a tentativa de uma definição do belo vem acompanhando a História da Arte há muito tempo, sendo correto afirmar que

01) os padrões clássicos de beleza, como harmonia, simetria, equilíbrio e proporcionalidade exerceram uma influência tão acentuada em todos os períodos da História, que só viriam a ser confrontados nos anos 60 do século XX, com a Pop Art de Andy Warhol.

02) o desenvolvimento da sociedade industrial e as inovações nas tecnologias de comunicações passaram a interferir na formação e no redimensionamento dos padrões de beleza. O poder dos veículos de comunicação de massa buscou uniformizar, cada vez mais, esses ideais de beleza, direcionando-os para o consumo.

04) Sócrates, já na antiguidade, lançava mão de um conceito familiar aos tempos modernos, algo como uma estética funcionalista, ao associar o belo ao útil pois, para ele, sempre que um objeto cumpria sua função era belo. Desta forma, o filósofo refletia, em parte, o pensamento artístico grego.

08) na Idade Média, com a valorização da fé e da espiritualidade trazida pelo cristianismo, o corpo humano foi associado ao mundo material e aos valores terrenos. Em consequência disso, passou a ser visto como oposto à busca do divino, tornando-se símbolo do pecado e contrário ao que se considerava belo.

16) Aristóteles associava o conceito de belo ao conceito de bom, e, para ele, as artes tinham uma função moral e social, ao reforçarem os laços da comunidade. Por esse motivo, preferia a tragédia, pois, nela, a imitação das ações humanas (boas ou más) reproduziriam um efeito chamado de catarse, ou seja, uma purificação dos sentimentos ruins a partir da sua visualização na arte.