(SOMATÓRIA)
O pensador grego Sócrates foi condenado à morte por um tribunal ateniense sob a acusação de corromper a juventude e de negar os deuses da cidade. Platão, seu discípulo, escreveu o diálogo Apologia de Sócrates, recriando o julgamento, no qual a personagem de Sócrates afirma: “Não passará muito tempo, atenienses, e serão conhecidos e acusados pelos detratores do Estado como assassinos de Sócrates, um sábio; pois sabem que quem quiser difamá-los dirá que fui sábio, embora não o seja. Agora, se tivessem esperado um pouco, o que desejam teria ocorrido espontaneamente: pois veem como estou velho, quão avançado em anos e próximo da morte. Digo isso não a todos, mas àqueles que votaram pela minha morte. E a eles também tenho algo mais a dizer. Talvez pensem, senhores, que fui condenado por me faltarem as palavras que os teriam feito absolver-me caso achasse correto fazer e dizer tudo para conseguir a absolvição. Longe disso. E no entanto foi por uma falta que me condenaram, não todavia uma falta de palavras, mas de cinismo e descaramento, além da falta de vontade de lhes dizer as coisas que vocês mais gostariam de ouvir.” (PLATÃO. Apologia de Sócrates. In: MARCONDES, D. Textos básicos de Filosofia. Dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 20.) Sobre a filosofia socrática, assinale o que for correto.
01) Sócrates aceita a condenação que lhe é imposta, embora a considere injusta.
02) A atividade filosófica deve ser uma prática ética, por isso Sócrates acredita que não é justo mentir, ainda que para evitar sua condenação.
04) O método socrático consiste em questionar o senso comum e desfazer argumentos falsos, a fim de procurar a verdade das coisas.
08) Sócrates afirma que não foi absolvido porque a validade lógica de seus argumentos não foi aceita.
16) Sócrates afirma que não é sábio porque não foi capaz de provar suas teses filosóficas perante seus acusadores.