SOMATÓRIA
Acerca do gênio artístico, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) afirma que: “Assim, nossa vaidade, nosso amor-próprio, propiciam o culto do gênio: pois somente quando este é pensado bem longe de nós, como um miraculum[milagre], ele não fere [...]. Mas, sem levar em conta essas insinuações de nossa vaidade, a atividade do gênio não aparece de modo algum como algo fundamentalmente diferente da atividade do inventor mecânico, do erudito em Astronomia ou História, do mestre de tática. Todas essas atividades se explicam quando se têm em mente humanos cujo pensar é ativo em uma direção, que utilizam tudo como material, que sempre consideram sua vida interior e a de outros com empenho, que por toda parte vêem modelos, estímulos, que nunca se cansam de combinar seus meios. O gênio também nada faz a não ser aprender, primeiro, a pôr pedras, em seguida a edificar, procurar sempre pôr material e sempre modelar nele.” (NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano. In: SAVIAN FILHO, J. Filosofia e filosofias. Existência e sentidos. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2016, p. 286). Acerca do gênio artístico e da experiência estética, assinale o que for correto.
01) O gênio artístico é concebido como aquele capaz de produzir obras de arte que revelam novos modelos e possibilidades de existência, transformando e alterando os modelos já existentes na natureza.
02) Nietzsche defende a universalidade da experiência estética, da qual todos os seres humanos são capazes.
04) Nietzsche afirma que toda atividade humana é uma atividade artística.
08) A genialidade artística é determinada pelo amplo reconhecimento público do conjunto de uma obra.
16) Segundo Nietzsche, nós cultuamos o gênio artístico como algo miraculoso porque não desejamos admitir que realizar criações artísticas está ao alcance de todos, mas exige grande esforço e dedicação, de que não nos julgamos capazes.