SOMATÓRIA
01) O manifesto “Pau-Brasil”, lançado por Oswald de Andrade, no contexto da primeira geração do Modernismo, teve por objetivo valorizar a cultura brasileira, empreendendo, assim, a defesa de abordagens étnicas, sociais e linguísticas sem preconceitos, de modo a resgatar as manifestações culturais oriundas do saber das camadas mais populares.
02) O livro Macunaíma, de Mário de Andrade, publicado no contexto da segunda geração do Modernismo brasileiro, resgata e renova a imagem do índio, trazendo-o para o centro da história, não a partir da idealização romântica, mas a partir de um ponto de vista universalizante, marcado pelo humor e pela irreverência, o que lhe confere o estatuto de um trapalhão na cidade grande.
04) A poesia de Carlos Drummond de Andrade, poeta da segunda geração modernista, apresenta, entre suas fases, a fase social, em que o poeta se mostra preocupado com os grandes acontecimentos sócio-históricos da época, nacionais e internacionais. Coletâneas como Sentimento do mundo (1940) e A rosa do povo (1945) revelam o desencontro entre a imagem de uma sociedade justa e o contexto político conturbado do momento.
08) A linguagem da prosa da segunda geração modernista, do chamado “romance de 30”, embora retrate dramas específicos de determinadas regiões do país, é extremamente elaborada, evitando o registro exclusivo da “cor local”. Isso porque o intuito desses autores era divulgar a realidade do país e, ao mesmo tempo, expressar-se em consonância com as tendências experimentalistas das vanguardas europeias. O tema é nacional, mas a expressão é universal.
16) Na terceira geração do Modernismo brasileiro, em que se destacam escritores como Clarice Lispector, o romance e o conto assumem uma configuração universalizante, a partir da tematização de dramas humanos. A busca pela compreensão da consciência individual resulta na construção de personagens voltadas para o mundo interior. Em vista disso, tendem a desaparecer os enredos tradicionalmente estruturados, com começo, meio e fim.