Questão
Universidade Estadual de Maringá - UEM
2015
Fase Única
SOMATORIAAssinale-que64088ab0f0f
Discursiva
SOMATÓRIA

Assinale o que for correto sobre a peça O rei da vela e sobre a obra de seu autor, Oswald de Andrade.

01) O rei da vela é uma severa crítica à realidade brasileira da década de 1930. No escritório de usura de Abelardo & Abelardo, o personagem protagonista Abelardo I, industrial no ramo de velas, orgulhoso e desumano, deixa que seu mau caráter aflore à medida que percebe a possibilidade de inadimplência de seu cliente. O protagonista ordena que Abelardo II fuzile o cliente, alegando que pessoas pobres devem ter muitos filhos para trabalharem, contribuindo para a renda familiar.

02) Algumas características da primeira fase do Modernismo brasileiro também estão presentes em O rei da vela. Com uma linguagem cênica seca e incisiva, Oswald de Andrade continua o processo iniciado em 1922 e inova a dramaturgia brasileira. Faz uso de técnicas vanguardistas e denuncia principalmente: os problemas enfrentados pelos comerciantes nacionais; o terreno movediço da agiotagem e a decadência moral da sociedade burguesa brasileira.

04) O rei da vela constitui, entre outras coisas, uma paródia do amor vivido pelas personagens Abelardo e Heloísa, na Idade Média. Com cinismo e sarcasmo, a peça dessacraliza o amor ingênuo e o insere no sistema capitalista, evidenciando a decadência da aristocracia e do amor burguês. Este fragmento da peça demonstra essa ideia: “Heloísa será sempre de Abelardo. É clássico”. (ANDRADE, Oswald de. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003, p. 108).

08) A peça O rei da vela foi encenada no Teatro Municipal de São Paulo em fevereiro de 1932, contribuindo para o sucesso da Semana de Arte Moderna, da qual Oswald de Andrade relutou em participar. O texto conta a história de um triângulo amoroso composto pelos personagens Abelardo I, Abelardo II e Heloísa. A peça foi montada em um palco com três planos: o plano da realidade, o plano da alucinação e o plano da memória.

16) A peça O rei da vela constitui uma representação da sociedade brasileira dos anos de 1930 e, segundo a crítica, funda uma nova dramaturgia no Brasil, revolucionando técnicas teatrais. Embora tenha sido montada só em 1967, a peça ainda foi considerada, pela crítica, como obra vanguardista.