Considere o texto a seguir de Mário de Andrade, extraído de sua obra Pauliceia desvairada, e assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

Belo da arte: arbitrário, convencional, transitório – questão de moda. Belo da natureza: imutável, objetivo, natural – tem a eternidade que a natureza tiver. Arte não consegue reproduzir natureza, nem este é seu fim. Todos os grandes artistas, ora consciente (Rafael das Madonas, Rodin de Balzac, Beethoven da Pastoral, Machado de Assis do Braz Cubas), ora inconscientemente (a grande maioria) foram deformadores da natureza. Donde infiro que o belo artístico será tanto mais artístico, tanto mais subjetivo quanto mais se afastar do belo natural. Outros infiram o que quiserem. Pouco me importa.

ANDRADE, Mário de. Paulicea desvairada. São Paulo: Casa Mayença, 1922, p. 18.

01) Nesse texto, Mário de Andrade realiza uma defesa às técnicas de pintura apoiadas no Realismo naturalista.

02) É latente, no texto, uma oposição entre posturas que pretendiam a arte como cópia do real e artistas que almejavam uma liberdade criadora.

04) O pensamento expresso por Mário de Andrade é característico do Movimento Modernista brasileiro.

08) Monteiro Lobato foi um dos mais importantes defensores dos ideais da Semana de Arte Moderna de 1922, tendo louvado as afirmações do texto de Mário de Andrade.

16) Lasar Segall e Anita Malfatti são dois artistas que se encaixam na vertente de arte não naturalista evidenciada no texto de Mário de Andrade.