SOMATÓRIA
Nas Cartas sobre a educação estética da humanidade, Friedrich Schiller argumenta: “O homem, sabemos, não é exclusivamente matéria nem apenas espírito. A beleza, portanto, consumação de sua humanidade, não pode ser exclusiva e meramente vida, como quiseram observadores argutos que se ativeram com excesso ao testemunho da experiência, solicitados pelo gosto do tempo: nem pode ser mera figura, como julgam sábios especulativos, demasiado distantes da experiência, e artistas filósofos, que se deixaram conduzir em excesso pelas exigências da arte para explicá-la: ela é o objeto comum de ambos os impulsos, e, portanto, do impulso lúdico.” (SCHILLER, F. Cartas sobre a educação estética da humanidade. In: MARÇAL, J. (org.), Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p. 654-655)
Considerando as diferentes posturas acerca do belo, é correto afirmar que:
01) A estética, como introduzida por Alexander Baumgarten, constitui disciplina filosófica com objeto e exigências próprias e se propõe a analisar a beleza enquanto forma de conhecimento racional mediado pela sensibilidade.
02) Para Platão, o belo em si é o mais elevado critério de verdade, justiça e harmonia, eficaz enquanto critério ético-político na edificação da cidade ideal e justa.
04) O classicismo reduz o belo a um ideal geométrico cujas regras deduz e matematiza.
08) Ao analisar o juízo estético, Kant conclui que o belo não é um certo estado de nossa subjetividade, mas consiste em uma percepção objetiva.
16) Para Schiller, o impulso lúdico, enquanto base de sua definição de beleza, permite promover o aperfeiçoamento moral da humanidade por meio da educação estética.