Questão
Universidade Estadual de Maringá - UEM
2009
Fase Única
SOMATORIASobre-Carta331b6e18c91
Discursiva
SOMATÓRIA

Sobre a Carta de Pero Vaz de Caminha, considere o trecho abaixo.

“De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro-e-Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente; e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar”. (VOGT, Carlos e LEMOS, José. Cronistas e Viajantes. Literatura Comentada. São Paulo: Abril, 1982, p.12-23).

Vocabulário:

Entre-Douro-e-Minho: região norte de Portugal.

Infindas: infinitas, sem fim.

Identifique a(s) alternativa(s) correta(s), de acordo com a leitura do texto.

01) A Carta de Pero Vaz de Caminha não é o primeiro documento acerca da terra brasileira: há outros documentos de autoria de viajantes estrangeiros que já revelavam a sua beleza.

02) Sobre a nova terra, os portugueses desejavam saber se havia ou não metais preciosos, como ouro, prata e ferro.

04) Pero Vaz de Caminha, ao descrever a nova terra: “De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem”, propõe ao rei de Portugal que a terra seja cultivada.

08) Na frase “mas o melhor fruto que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente”, o autor sugere que os primitivos habitantes sejam catequizados.

16) O trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha afirma categoricamente que, por trás do ideal da catequização e da propagação da fé católica, a verdadeira intenção dos portugueses era, realmente, apreciar as belezas da nova terra.