SOMATÓRIO
Leia com atenção os versos abaixo, de “Chão de Estrelas”, a mais importante criação poética de Orestes Barbosa que, com Sílvio Caldas, compôs uma das mais belas obras da música popular brasileira:
A porta do barraco era sem trinco
Mas a Lua, furando o nosso zinco,
Salpicava de estrelas nosso chão ...
Tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão ...
O cenário imaginado, descrito poeticamente, indica que o barraco era coberto de folhas de zinco, apresentando furos e, assim, a luz da Lua atingia o chão do barraco, projetando pontos ou pequenas porções iluminadas - as “estrelas” que a Lua “salpicava” no chão.
Considerando o cenário descrito pelos versos, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) que apresenta(m) explicação(ões) física(s) possível(is) para o fenômeno.
01. A Lua poderia ser, ao mesmo tempo, fonte luminosa e objeto cuja imagem seria projetada no chão do barraco.
02. O barraco, com o seu telhado de zinco furado, se estivesse na penumbra, ou completamente no escuro, poderia comportar-se como uma câmara escura múltipla, e através de cada furo produzir-se-ia uma imagem da Lua no chão.
04. A propagação retilínea da luz não explica as imagens luminosas no chão –– porque elas somente ocorreriam em conseqüência da difração da luz.
08. Os furos da cobertura de zinco deveriam ser muito grandes, permitindo que a luz da Lua iluminasse todo o chão do barraco.
16. Quanto menor fosse a largura dos furos no telhado, menor seria a difração da luz e maior a nitidez das imagens luminosas no chão do barraco.
32. Para que as imagens da Lua no chão fossem visíveis, o barraco deveria ser bem iluminado –– com lâmpadas, necessariamente.