“Sendo a felicidade, então, uma certa atividade da alma conforme à excelência perfeita, é necessário examinar a natureza da excelência. Isto provavelmente nos ajudará em nossa investigação a respeito da felicidade. (...) É evidente que a excelência a examinar é a excelência humana, pois o bem e a felicidade que estamos procurando são o bem humano e a felicidade humana. A excelência humana significa, dizemos nós, a excelência não do corpo, mas da alma, e também dizemos que a felicidade é uma atividade da alma.” (Aristóteles, Ética a Nicômaco, I, 13)
Na passagem acima, Aristóteles fala da relação entre felicidade e excelência (ou virtude). Ele reafirma que a relação entre ambas é uma relação de conformidade. Mas essa conformidade não deve ser compreendida como uma relação de subordinação, pois, sendo a felicidade o bem supremo, ela não deveestar subordinada a nenhum outro bem ou finalidade. De que modo, então,deve-se compreender a relação de conformidade entre a felicidade e a excelência proposta por Aristóteles?