Questão
Provão de Bolsas Estratégia
2021
Fase Única
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
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“Sócrates: [...] Protágoras admitiu que alguns indivíduos superavam outros no que tange ao melhor e ao pior, sendo esses indivíduos os sábios. [...]

Sócrates: [...] ele diz, não é mesmo “que aquilo que aparece a cada indivíduo efetivamente é para aquele a quem aparece”.

[...]

Sócrates: [...] então, Protágoras, também expressamos as opiniões de um ser humano, ou melhor, de todos os seres humanos, e dizemos que ninguém há que não se julgue mais sábio do que os outros em certas matérias, e outros mais sábios do que ele próprio em outras matérias. [...] E todo o mundo humano, ouso dizer, torna-se repleto de pessoas que buscam mestres e chefes para si, para outros seres vivos e para a direção de todas as atividades humanas; e, por outro lado, de pessoas que se julgam qualificadas para ensinar e para chefiar. E, observando todos esses casos, é imperioso dizermos que os próprios seres humanos creem que sabedoria e ignorância existem entre os seres humanos.

[...]

Sócrates: E, portanto, julgam que a sabedoria é o pensar verdadeiro e a ignorância, a opinião falsa.

(PLATÃO, Teeteto. In: PLATÃO. Diálogos I: Teeteto (ou do conhecimento), Sofista (ou do ser), Protágoras (ou sofistas). Tradução, textos complementares e notas de Edson Bini. Bauru/SP: EDIPRO, 2007)

Este é um fragmento do Teeteto de Platão. Texto no qual, Platão, por meio de seu personagem Sócrates, expõe sua ideia sobre o que deve ser o conhecimento. No trecho, o autor discute a ideia de Protágoras. Nos trechos acima apresentados, Platão:
A
manifesta a concepção de que a verdade em si mesma é incompreensível para os homens.
B
expressa seu desprezo pelo relativismo sofístico, ao recusar argumentar com seus oponentes.
C
destaca o paradoxo em que se envolvem aqueles que defendem o relativismo. 
D
considera a importância de mestres e sábios para que o conhecimento avance.
E
define o conhecimento em termos de escolha, entre seguir sábios ou ignorantes.