Subsídio para a leitura do Texto 2
Pedro Américo, pintor brasileiro nascido na Paraíba, foi um grande cultivador da arte acadêmica. Viveu sob a proteção de D. Pedro II, que lhe financiou cursos na Europa. O Imperador Brasileiro foi um verdadeiro Mecenas (indivíduo rico que protege artistas, homens de letras ou de ciências, proporcionando-lhes recursos financeiros para que possam dedicar-se, sem preocupações outras, às artes e às ciências). Foi por encomenda de D. Pedro II que ele pintou, em 1888, o quadro que homenageia D. Pedro I, pelo ato de proclamar a independência política do Brasil. A pintura recebeu o nome de Independência ou Morte, sendo mais conhecida, no entanto, como O Grito do Ipiranga. É um quadro que todo estudante brasileiro reconhece.
Texto 2
O GRITO
Um tranquilo riacho suburbano,
Uma choupana embaixo de um coqueiro, Uma junta de bois e um carreteiro:
Eis o pano de fundo e, contra o pano,
Figurantes – cavalos e cavaleiros,
Ressaltando o motivo soberano,
A quem foi reservado o meio plano
Onde avulta solene e sobranceiro.
Complete-se a figura mentalmente
Com o grito famoso, postergando
Qualquer simbologia irreverente.
Nem se indague do artista, casto obreiro, Fiel ao mecenato e ao seu comando,
Quem o povo, se os bois, se o carreteiro.
PAES, José Paulo. Poesia Completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. P.105.
Os poemas podem variar no número de sílabas métricas. Os versos que têm de 1 a 12 sílabas recebem nomes diferentes. A partir de 13 sílabas, deixam de receber nomes específicos. Em relação ao poema “O Grito” (texto 2) é correto afirmar que