TEXTO I
Entregadores do século 19 paralisaram Salvador na primeira greve do Brasil (1857)

Entregadores e carregadores, que até então vinham mantendo a cidade funcionando graças aos seus serviços, decidiram cruzar os braços em protesto contra o que consideravam medidas e tarifas abusivas — que oneravam ainda mais o trabalho já árduo. (...) Os ganhadores carregavam de tudo: pacotes grandes e pequenos, mercadorias, barris de água e fezes (não é exagero dizer que eram os responsáveis pelo saneamento da cidade) e pessoas em cadeiras de arruar. "O ganho era o que hoje chamamos de 'bico'", diz o historiador Paulo Terra, da UFF (Universidade Federal Fluminense), pesquisador de história social urbana e do trabalho nos séculos 19 e 20.
(Disponível em: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/08/05/entregadores-do-seculo-19-paralisaram-salvador-na-primeira-greve-do-brasil.htm. Acesso em: 07/08/2020. Com adaptações)
TEXTO II
Greve não para apps, mas mostra força de entregadores; nova data é votada

A greve dos entregadores ocorrida nesta quarta (1º) não paralisou totalmente os aplicativos de delivery como os mais confiantes sonhavam, mas causou impactos significativos no sistema para não ser considerada um fiasco. Com atos em diversas cidades do Brasil, o movimento causou atrasos em pedidos e diminuiu a quantidade de profissionais nas capitais. (...)
Os entregadores fazem uma série de exigências aos aplicativos que, segundo eles, não oferecem diálogo. Entre as exigências, estão: Reajuste de preços: os entregadores recebem entre R$ 4,50 e R$ 7,50; (...) Reajuste anual: pedem que haja um reajuste anual programado para o serviço. Tabela de preços (...) Fim de bloqueios indevidos (...) Entrega de EPIs: pedem equipamentos de proteção para trabalhar com mais segurança durante a pandemia.
(Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/07/01/greve-nao-para-apps-mas-afeta-sistema-e-mostra-forca-de-entregadores.htm?foto=1.
Acesso em: 07/08/2020. Com adaptações)